Entre as melhores moedas, com alta do Real de 6,8% e as melhores bolsas, com o Ibovespa a 7%, este foi o resultado de janeiro para o mercado financeiro brasileiro no mundo.
Neste cenário, não foram somente responsáveis os investidores estrangeiros, como largamente divulgado pela mídia e análises, mas também pelo retorno do investidor local com maior força, em especial ao se observar o descolamento do mercado local dos fundamentos no exterior.
Enquanto os temores de elevação de juros agitam os EUA, em especial após o sinal considerado mais duro pelo Fed em sua última reunião, a expectativa era de que mercados como o brasileiro sofressem por conta da menor preferência do investidor global.
Todavia, repetimos que o elevado rendimento da última década ou mais, garante que existe ainda apetite pelo prêmio de maior risco em nível internacional e que a busca pela segurança dos Treasuries deve ser combinada com um cenário de maior adversidade.
Os riscos existem, em especial geopolíticos, porém, o que se vê neste momento é um movimento mais próximo da busca do Brasil como uma opção barata e de bom rendimento, do que a possibilidade de cenários mais adversos.
Hoje, o COPOM inicia sua reunião e é garantida uma elevação expressiva de juros, mais um ponto a favor do fluxo de estrangeiros, ainda que incluamos um possível cenário em que o comitê inicie o “início do fim” do aperto de juros.
A sinalização pode vir tanto com uma elevação de 150 bp e uma comunicação mais suave ou mesmo através de um corte mais modesto de juros, de forma a demonstrar a redução de ritmo já nesta reunião.
No exterior, os sinais de correção dos mercados começam a se reduzir, especialmente em um cenário não recessivo, com parte das bolsas americanas já atingindo o território corretivo em meados de janeiro, ou seja, fevereiro pode ser positivo para o mercado de renda variável.
Atenção hoje à série de ISMs e PMIs em nível global, balança comercial brasileira e mercado de trabalho na Europa e EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, após dados mais positivos no velho continente.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após a manutenção de juros na Austrália e com o feriado na China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaques ao minério de ferro e prata.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, mesmo com menor oferta global, mas com temores do retorno do fornecimento iraniano.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,48%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3102 / -1,32 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,205%
Dólar / Yen : ¥ 114,72 / -0,339%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / 0,379%
Dólar Fut. (1 m) : 5345,28 / -1,53 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 12,26 % aa (0,29%)
DI - Janeiro 24: 11,76 % aa (-0,21%)
DI - Janeiro 26: 11,18 % aa (-0,75%)
DI - Janeiro 27: 11,22 % aa (-0,93%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,2086% / 112.144 pontos
Dow Jones: 1,1703% / 35.132 pontos
Nasdaq: 3,4081% / 14.240 pontos
Nikkei: 0,28% / 27.078 pontos
Hang Seng: 1,07% / 23.802 pontos
ASX 200: 0,49% / 7.006 pontos
ABERTURA
DAX: 0,833% / 15600,10 pontos
CAC 40: 0,903% / 7062,40 pontos
FTSE: 0,702% / 7516,78 pontos
Ibovespa Futuros: 0,34% / 112681,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,22% / 4494,25 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,037% / 14902,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,15% / 108,03 ptos
Petróleo WTI: -0,77% / $87,47
Petróleo Brent: -0,97% / $88,39
Ouro: 0,52% / $1.806,45
Minério de ferro: 1,26% / $138,04
Soja: 0,03% / $1.490,75
Milho: 0,08% / $626,50
Café: 1,04% / $239,15
Açúcar: 0,38% / $18,31