A ausência de indicadores econômicos mais consistentes na semana anterior se provou essencial para tanto a volatilidade observada entre os ativos de mercado financeiro, como para a maior atenção dos investidores ao meio político, o qual não se furtou de fornecer motivos para tais fortes oscilações.
Neste sentido é que a semana repleta de indicadores econômicos relevante e também aos fatos políticos tende a ganhar um rumo menos errático do que aquele observado anteriormente.
Na agenda, destacam-se as inflações semanais, IGP-M e IPCA-15, dados de conta corrente, desemprego e fiscal e, no exterior, destacam-se o PIB americano, com seus indicadores como PCE, além de pedidos de bens duráveis e mercado imobiliário nos EUA, indicadores de confiança na Europa e lucro industrial na China.
A decisão da câmara em manter o veto ao ajuste de salários dos servidores públicos foi o que possibilitou um fechamento de semana quase estável nas bolsas de valores e uma redução de pressão nos vértices mais longos da curva de juros, porém o dólar continua como um referencial importante dos riscos fiscais impostos ao país pelo meio político e fechou a semana em alta expressiva.
Ainda que os dados do CAGED expressivamente fortes tenham animado à equipe econômica, a qual preconizou uma recuperação em V da economia, o receio da piora fiscal predomina exatamente pelas demandas do velho comando político, ao qual o governo se alia pela autopreservação.
Com isso tudo em mente e uma agenda agora repleta de dados as atenções se voltam ao potencial fiscal, com Guedes provavelmente se rendendo a parte desta autopreservação com o Big Bang, como por ele citado para o plano pró-Brasil, um remanejamento de contas e liberação de recursos de modo a dar o impulso keynesiano do qual o Brasil está tão acostumado.
Ainda assim, tal impulso nunca vem sozinho neste momento do globo, com Jerome Powell, chairman do Federal Reserve falando no simpósio de Jackson Hole nos dias 27 e 28, de onde se aguardam novos sinais de injeção de liquidez por parte da autoridade monetária americana.
Enquanto isso, o mercado acionário continua a ganhar impulso com o valor das empresas, em especial de tecnologia, em contínua alta e tendo força para renovar os recordes observados nas semanas anteriores.
Nada como um cargueiro lotado de dinheiro governamental para sustentar um mercado bullish.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na sequência do rali da semana anterior.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo dos futuros no ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, após tempestades no Golfo do México.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,04%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,621 / 1,11 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,314%
Dólar / Yen : ¥ 105,71 / -0,066%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,275%
Dólar Fut. (1 m) : 5607,54 / 0,75 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,40 % aa (-0,29%)
DI - Janeiro 23: 3,96 % aa (-0,75%)
DI - Janeiro 25: 5,76 % aa (-0,69%)
DI - Janeiro 27: 6,79 % aa (-0,44%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0526% / 101.521 pontos
Dow Jones: 0,6871% / 27.930 pontos
Nasdaq: 0,4159% / 11.312 pontos
Nikkei: 0,28% / 22.986 pontos
Hang Seng: 1,74% / 25.552 pontos
ASX 200: 0,30% / 6.130 pontos
ABERTURA
DAX: 2,326% / 13061,66 pontos
CAC 40: 2,237% / 5005,86 pontos
FTSE: 1,753% / 6107,11 pontos
Ibov. Fut.: -0,02% / 101637,00 pontos
S&P Fut.: 0,349% / 3392,60 pontos
Nasdaq Fut.: 0,895% / 11665,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,57% / 71,87 ptos
Petróleo WTI: 0,78% / $42,68
Petróleo Brent: 0,77% / $44,64
Ouro: 0,37% / $1.950,57
Minério de Ferro: -0,77% / $122,79
Soja: 0,39% / $904,75
Milho: 0,54% / $329,00 $329,00
Café: 0,62% / $120,85
Açúcar: 0,55% / $12,88