Ao ceder os pedidos de parte dos senadores para instalação de uma CPI da pandemia, “sem querer”, o STF acabou por dar abertura a mais um ponto de pressão do Centrão contra o executivo, principalmente se conseguirem maioria nas comissões.
Eis a cobrança da pretensa governabilidade e a reação dos ativos em cautela cresce, em especial o dólar, o qual praticamente devolveu as perdas contra o Real na última sessão da semana anterior, exatamente em consequência a tais eventos políticos.
Com um ponto a mais de pressão, o Centrão agora tem o governo cada vez mais no corner, pois pode tanto pressionar pela aprovação do texto como está, com todas as ilegalidades e irregularidades já citadas exaustivamente, como pode depois pressionar o governo exatamente pelo texto aprovado.
Alia-se isso tudo ao senador Kajuru pedir o impeachment de Moraes, citando pressões de Bolsonaro, diríamos em resumo, o Centrão manda e desmanda.
E as reformas? Sabe-se lá quando e se ocorrerão neste mandato.
Na semana anterior, as pressões nas curvas de juros poderiam ter sido menores, caso a influência da política (ou seja, do fiscal) não fossem tão intensas, afinal, inflações registraram pressão elevada, porém abaixo da mediana do mercado, o que poderia, com muita imaginação, poderia interpretar uma ação diferente do BC na condução da política monetária.
Esta semana está repleta de discursos do Federal Reserve e dados econômicos importantes, incluindo uma leitura muito esperada da inflação americana amanhã, o CPI, onde projetamos alta de 0,5%, levando o índice anual para 2,5%.
A temporada balanços do primeiro trimestre começa esta semana, com expectativas de notícias amplamente positivas e uma tendência de alta para as ações nos EUA graças a uma economia em recuperação, dado o avanço do processo de imunização em massa nos EUA.
Para alimentar tal cenário positivo do mercado externo, em entrevista ao “60 Minutes” ontem, o presidente do Fed, Jerome Powell reiterou que a instituição quer uma inflação acima de 2% por um período prolongado antes que as tome medidas para aumentar as taxas de juros.
Neste cenário MegaDovish nos EUA, hoje Biden vai se reunir com um grupo bipartidário de legisladores para tentar persuadir o Capitólio a apoiar o pacote de US $ 2 tri, que projeta centenas de bilhões de dólares para estradas, pontes, aeroportos, banda larga, veículos elétricos, habitação e programas de treinamento profissional.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com pressões de realização de lucros, após recordes da semana anterior.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos e Alibaba dispara, mesmo após multa.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam sem rumo em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com maior demanda americana.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 4,85%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6822 / 1,99 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,059%
Dólar / Yen : ¥ 109,33 / -0,292%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / 0,255%
Dólar Fut. (1 m) : 5685,34 / 1,94 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,75 % aa (-0,86%)
DI - Janeiro 23: 6,55 % aa (2,02%)
DI - Janeiro 25: 8,28 % aa (2,10%)
DI - Janeiro 27: 8,93 % aa (2,06%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,5437% / 117.670 pontos
Dow Jones: 0,8866% / 33.801 pontos
Nasdaq: 0,5125% / 13.900 pontos
Nikkei: -0,77% / 29.539 pontos
Hang Seng: -0,86% / 28.453 pontos
ASX 200: -0,30% / 6.974 pontos
ABERTURA
DAX: 0,038% / 15239,90 pontos
CAC 40: 0,082% / 6174,46 pontos
FTSE: -0,263% / 6897,54 pontos
Ibov. Fut.: -0,56% / 117654,00 pontos
S&P Fut.: 0,746% / 4119,50 pontos
Nasdaq Fut.: -0,094% / 13789,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,14% / 84,14 ptos
Petróleo WTI: 0,42% / $59,87
Petróleo Brent: 0,40% / $63,87
Ouro: -0,13% / $1.741,32
Minério de Ferro: 0,15% / ¥ $170,32
Soja: -0,71% / $1.394,50
Milho: 0,35% / $578,75
Café: -0,04% / $127,25
Açúcar: 0,84% / $15,61