A sessão de ontem foi marcada não somente por um descolamento dos mercados no exterior, mas também pelo descolamento dos ativos locais de suas interconexões.
Sem grandes explicações ou razões, a bolsa de valores locais se descolou fortemente dos ativos e registrou alta consistente próxima de 1%, ainda que o imbróglio do governo com o orçamento esteja cada vez mais longe de uma solução.
Tais indisposição e falta de consistência levou a um mercado de juros futuros bastante volátil e a disparada do dólar, no momento me que, próximo ao almoço, surgiram os “fontes” indicando a possibilidade de retirada dos gastos de saúde do teto, para acomodar as emendas.
Ou seja, em termos fiscais, o Brasil basicamente prima pela pior solução possível, ao invés de buscar as reformas que facilitariam o recondicionamento dos gastos, a retirada do dinheiro “carimbado” e a busca por melhor arrecadação.
É o arremedo, do arremedo, do arremedo.
Tudo isso entra no radar político, causando a interferência nos ativos, adicionado à CPI da Covid, que pode ser natimorta a depender dos acordos do orçamento com o Centrão para manutenção de algumas emendas.
Nos EUA, a reunião para buscar apoio ao pacote trilionário de Biden ainda não trouxe os resultados esperados para convencer a parcela democrata que continua preocupada com o financiamento de tal pacote e com os gastos fiscais inerentes ao mesmo.
O problema do convencimento deste mínimo de democratas é evitar a manobra de obstrução no senado (fillibuster) que os republicanos podem usar, daí o uso de uma contramanobra chamada reconciliação (reconciliation) é um procedimento parlamentar que acelera a aprovação de certa legislação orçamentária no Senado.
O Fillibuster efetivamente requer uma supermaioria de 60 votos para a aprovação da maior parte da legislação e os republicanos tem o poder de obstrução, apesar de não ter conseguido manter a maioria em ambas as casas.
Chama a atenção hoje a inflação ao varejo nos EUA (CPI), onde a maior atividade econômica advinda da retomada, dos cheques e os choques de oferta tendem a trazer uma pressão inflacionária renovada, com o índice anual próximo das metas informais do FOMC.
Localmente, atenção às vendas ao varejo de fevereiro, com perspectiva de crescimento na margem.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelo CPI e a temporada de balanços.
Em Ásia-Pacífico, mercados e queda somente em Shanghai.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto o ouro e a platina.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com tensão no Oriente Médio e provável redução dos estoques de petróleo.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,24%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,7344 / 0,92 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,092%
Dólar / Yen : ¥ 109,38 / -0,101%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / 0,167%
Dólar Fut. (1 m) : 5739,47 / 0,95 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,74 % aa (1,24%)
DI - Janeiro 23: 6,57 % aa (0,23%)
DI - Janeiro 25: 8,28 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 27: 8,90 % aa (-0,34%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,9703% / 118.812 pontos
Dow Jones: -0,1633% / 33.745 pontos
Nasdaq: -0,3610% / 13.850 pontos
Nikkei: 0,72% / 29.752 pontos
Hang Seng: 0,15% / 28.497 pontos
ASX 200: 0,04% / 6.977 pontos
ABERTURA
DAX: 0,275% / 15256,80 pontos
CAC 40: 0,338% / 6182,51 pontos
FTSE: -0,114% / 6881,30 pontos
Ibov. Fut.: 1,01% / 118842,00 pontos
S&P Fut.: 0,019% / 4120,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,031% / 13802,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,42% / 83,93 ptos
Petróleo WTI: 0,70% / $60,35
Petróleo Brent: 0,84% / $63,92
Ouro: -0,29% / $1.727,05
Minério de Ferro: 2,58% / ¥ $171,03
Soja: 0,62% / $1.388,50
Milho: 0,44% / $570,75
Café: 0,16% / $127,95
Açúcar: 0,52% / $15,44