Aliada bastante intensa de eventos políticos que ocorreram no Brasil desde a pretensa pacificação política há oito dias, que vão desde a divulgação do vídeo no qual Moro acusa Bolsonaro de intervenção na Polícia Federal, até a ação do ministro Alexandre de Moraes, observamos hoje o que o presidente americano Donald Trump terá a dizer sobre os eventos com a China.
Conforme citamos algumas vezes aqui, as pesquisas apontando avanço do democrata Joe Biden em estados importantes aos republicanos demostra os efeitos políticos limitados do auxílio de US$ 1.200 para reduzir os efeitos da pandemia, em meio à forte elevação do desemprego e piora dos indicadores econômicos.
Neste sentido, o presidente americano tenta fazer o que melhor sabe, agradar sua base e como pesquisas apontam que a China é considerada entre os americanos a principal culpada pela atual crise, ataca-la parece, na visão de Trump, o melhor movimento.
Não é que a China não tenha uma parcela gigantesca de responsabilidade pela situação global, juntamente à OMS, porém, ao lidar com o tema neste momento de fragilidade global, Trump pode tentar desviar o foco, porém o sucesso pode ser limitado.
A lei de segurança que ameaça a autonomia de Hong Kong é mais um fator real a depor contra a China, em meio ao cenário de enormes dificuldades criadas pela pandemia.
Todavia, a tradicional maneira de Trump de lidar com os temas, mesmo que a razão esteja ao seu lado, tem levado a vilania ao presidente americano.
Por isso, a tensão dos investidores em seu discurso, o que rememora a guerra comercial do ano passado, quando novamente o presidente americano tinha razão em grande parte dos temas, porém a maneira de se lidar com a questão acabava retirando parte da responsabilidade da China nos temas.
Enquanto isso, a questão econômica, de suma importância neste momento, perde força e os esforços deveriam estar concentrados na recuperação pós-pandêmica.
Na agenda de hoje, destacam-se o PIB brasileiro, com o efeito da pandemia no fim do trimestre e os desagregados mensais do PIB americano.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, atentos à questão China-EUA.
Em Ásia-Pacífico, altas na maioria, com a crescente tensão entre China e Hong Kong.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, alta no geral, destaque ao minério de ferro em portos chineses.
O petróleo abriu em queda em Londres e em Nova York, com a demanda global fraca por combustíveis.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,13%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4094 / 2,57 %
Euro / Dólar : US$ 1,11 / 0,451%
Dólar / Yen : ¥ 107,17 / -0,399%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / -0,203%
Dólar Fut. (1 m) : 5352,07 / 1,30 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,19 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,26 % aa (-0,70%)
DI - Janeiro 25: 6,02 % aa (0,67%)
DI - Janeiro 27: 6,97 % aa (0,58%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,1339% / 86.949 pontos
Dow Jones: -0,5778% / 25.401 pontos
Nasdaq: -0,4608% / 9.369 pontos
Nikkei: -0,18% / 21.878 pontos
Hang Seng: -0,74% / 22.961 pontos
ASX 200: -1,63% / 5.756 pontos
ABERTURA
DAX: -1,005% / 11662,78 pontos
CAC 40: -0,823% / 4732,12 pontos
FTSE: -0,824% / 6167,55 pontos
Ibov. Fut.: -1,08% / 87033,00 pontos
S&P Fut.: -0,494% / 3029,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,462% / 9430,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,09% / 62,83 ptos
Petróleo WTI: -3,17% / $32,71
Petróleo Brent: -2,75% / $34,35
Ouro: 0,41% / $1.726,33
Minério de Ferro: 0,26% / $92,05
Soja: -0,27% / $844,25
Milho: 0,31% / $328,25 $328,25
Café: 0,40% / $99,40
Açúcar: 0,56% / $10,85