O fator positivo: ao menos ontem, o governo mostrou coordenação política e sobriedade suficiente para gerar um acordo crível com duas casas e todos os governadores, satisfazendo a ala econômica do planalto e a ala política em geral.
Nisso foi baseada a melhora expressiva do mercado, o que denota que o risco político embutido em ativos como o Real, os vértices mais longos da curva de juros e até mesmo o iBovespa tem um peso ainda maior do que se imaginava antes.
Como se trata de Brasil, nada pode ser comemorado por completo, afinal foi somente um primeiro passo e as características da classe política como um todo evitam uma celebração completa.
O fator negativo: EUA e China, no limiar da doença no hemisfério norte e na sua retração na Ásia, começam a trocar farpas e acusações tanto sobre o vírus, quanto sobre a questão comercial, em especial o caso ainda em aberto da Huawei.
China promete avançar com o acordo comercial da "Fase-1" com os EUA, mesmo em meio a renovadas tensões.
Em um relatório entregue ao Congresso Nacional do Povo (NPC), o primeiro-ministro chinês Li Keqiang prometeu que Pequim trabalhará em prol da liberalização do comércio e investimento globais.
Dizem: “A China continuará aumentando a cooperação econômica e comercial com outros países para oferecer benefícios mútuos”.
Em meio a isso, a tensão cresce e a China deve introduzir uma nova lei de segurança para Hong Kong, levando ao fortalecimento do domínio sobre a cidade.
Cidadãos, políticos de oposição, empresas estão temerosas com o futuro da cidade em meio a tal mudança.
O aumento da tensão já influencia os ativos de mercado financeiro e os investidores começam a pesar o cenário de piora da guerra comercial antecedendo a eleição americana, onde Trump perde força constantemente contra seu principal rival, Joe Biden.
Localmente, as atenções se voltam ao vídeo da reunião ministerial e o quanto isso pode atrapalhar os esforços recentes do governo em melhorar o alinhamento político durante a crise, caso Celso de Mello decida por sua publicidade total.
No âmbito corporativo, destaque aos resultados de Ferbasa (SA:FESA4)e Usiminas (SA:USIM5). No exterior, Footlocker, Deere e Burberry (LON:BRBY),
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com o aumento da tensão comercial entre EUA e China.
Em Ásia-Pacífico, quedas, com os temores da instalação da lei de segurança em Hong Kong.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas no geral, exceção ao cobre.
O petróleo abriu em queda em Londres e em Nova York, com a China abandonando a meta de PIB por conta do COVID.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,78%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5521 / -2,47 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / -0,521%
Dólar / Yen : ¥ 107,48 / -0,112%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / -0,335%
Dólar Fut. (1 m) : 5569,87 / -2,07 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,36 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,51 % aa (-1,31%)
DI - Janeiro 25: 6,40 % aa (-2,14%)
DI - Janeiro 27: 7,43 % aa (-2,37%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,0999% / 83.027 pontos
Dow Jones: -0,4141% / 24.474 pontos
Nasdaq: -0,9695% / 9.285 pontos
Nikkei: -0,80% / 20.388 pontos
Hang Seng: -5,56% / 22.930 pontos
ASX 200: -0,96% / 5.497 pontos
ABERTURA
DAX: -0,387% / 11023,10 pontos
CAC 40: -0,153% / 4438,65 pontos
FTSE: -0,949% / 5958,17 pontos
Ibov. Fut.: 2,25% / 83104,00 pontos
S&P Fut.: -0,967% / 2908,50 pontos
Nasdaq Fut.: -0,663% / 9308,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,16% / 62,28 ptos
Petróleo WTI: -5,57% / $31,87
Petróleo Brent: -4,44% / $34,35
Ouro: 0,50% / $1.735,06
Minério de Ferro: 0,08% / $91,20
Soja: -0,45% / $831,00
Milho: -0,31% / $316,50 $316,50
Café: -0,14% / $104,60
Açúcar: -1,82% / $10,80