As ações da gigante da tecnologia Meta Platforms (NASDAQ:FB) (SA:FBOK34), anteriormente chamada Facebook, fecharam em alta de 1,55% na terça-feira. Sem dúvida, trata-se de um movimento positivo, mas o papel ainda está 16% abaixo das máximas recentes, tocadas no início de setembro.
A Meta faz parte de dois grandes índices nos EUA, o S&P 500, que saltou 2,07% no pregão de ontem, e o Nasdaq 100, que disparou mais de 3% na terça-feira. Ambos os índices tiveram um desempenho muito melhor do que o FB no mesmo período.
Mesmo em comparação com concorrentes do grupo FAANG, os papéis da companhia anteriormente conhecida como Facebook não se saíram bem ontem: Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34) subiu 2,8%; Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34) saltou 3,5%, novo recorde; Netflix (NASDAQ:NFLX) (SA:NFLX34) subiu 2,1% e Alphabet (NASDAQ:GOOGL) (SA:GOGL34)valorizou-se 2,87%
Então por que o FB está registrando um desempenho tão ruim?
Embora não tenhamos uma resposta concreta, podemos especular que, entre as inúmeras possibilidades, que fundamentos adversos estejam afetando atualmente a companhia. Depois que a delatora Frances Haugen ganhou as manchetes, em meados do ano passado, o sentimento com a plataforma de mídia social Facebook – e a companhia em si – decaiu muito, com os fãs perdendo seu entusiasmo. Usuários e investidores também podem ter ficado cansados dos constantes tropeços do Facebook.
Para piorar o sentimento negativo, o fato de a companhia ter mudado sua identidade de marca para Meta Platforms parece ter causado ainda mais confusão. Não são poucos os investidores que interpretaram esse esforço como uma jogada de marketing superficial, sem implicar qualquer melhoria de produto ou retificar os passos em falso da companhia.
Além disso, a tentativa de ligar a empresa ao metaverso e sua realidade virtual a alinha mais à criptoesfera, onde um conjunto cada vez maior de tokens de metaverso tem seu destino atrelado ao de todas as outras criptomoedas, que não vivem um bom momento em sua maioria.
Para os traders mais focados em aspectos técnicos, a ação dos preços é a única coisa que importa, já que é a expressão da oferta e da demanda, forças que movem os mercados.
Depois que as ações do FB atingiram o alvo de uma cunha ascendente, encontraram suporte no fundo de um canal de baixa. Mas o fechamento de ontem formou uma estrela cadente baixista, abaixo da média móvel diária de 200 períodos (MMD 200), à medida que a MMD 50 avança para fazer uma cruz da morte, sugerindo que o preço pode não voltar para testar o topo do canal.
A estrela cadente formou-se após um gap de alta, um setup muito parecido com uma estrela vespertina, concluída com um longo candle vermelho, avançando profundamente sobre o candle verde de segunda-feira. No entanto, não damos muito crédito para uma estrela vespertina à qual não se segue um rali substancial. Essa acaba de se iniciar, portanto tem pouco a ceder em uma reversão do seu próprio momentum.
Preste atenção também ao volume que dá suporte a ação dos preços. O volume disparou ao mesmo tempo em que ocorreu o derretimento de quase 10% desde o fim de novembro e início de dezembro. Ele secou durante o repique recente, sugerindo queda de participação.
Estratégias de negociação
Traders conservadores devem aguardar o papel voltar a testar o topo do canal.
Traders moderados ficariam satisfeitos com um longo candle vermelho.
Traders agressivos podem vender um rali, já que as negociações pré-mercado subiam cerca de 0,5% no momento em que escrevo, a US$322,81. Eles devem aceitar o risco maior de ir de encontro com a maré, por buscarem um retorno proporcionalmente maior, antecipando-se ao resto do mercado na baixa. É fundamental ter um plano de negociação rígido e coerente. Apresentamos a seguir um exemplo:
Exemplo de operação
- Entrada: US$325
- Stop-Loss: US$327
- Risco: US$2
- Alvo: US$305
- Retorno: US$20
- Relação risco-retorno: 1:10