ÁSIA: Os mercados da Ásia fecharam sem direção nesta sexta-feira apesar dos principais produtores de petróleo da OPEP concordarem em ampliar os cortes de produção 1,8 milhão de barris por dia por mais nove meses. O sentimento de decepção se deve pelo fato dos investidores estarem esperando cortes mais profundos na produção.
No Japão, o Nikkei fechou em queda de 0,64%, em 19.686,84 pontos, enquanto do outro lado do Estreito Coreano, o Kospi da Coreia do Sul avançou mais uma vez e fechou em alta de 0,53%.
Abaixo, o S&P/ASX 200 da Austrália caiu 0,66%, para 5.751,70 pontos, impulsionado por perdas nos setores de energia e materiais, mas fechou a semana em alta de 0,4%. As ameaças de fornecimento de cobre estão preocupando os investidores, uma vez que as crescentes tensões trabalhistas na segunda maior mina do mundo ajudaram a impulsionar os preços que haviam recuado por preocupações com a demanda. O metal estava sendo negociado a US$ 5718 a tonelada na sexta-feira, perto da máxima de três semanas atingida durante a semana, depois que um sindicato relatou que cerca de 2000 trabalhadores grevistas tinham sido demitidos na mina Grasberg da Freeport-McMoRan na Indonésia. A empresa baseada em Phoenix confirmou mais tarde. Entre as mineradoras australianas, BHP Billiton caiu 2%, Fortescue recuou 4,1% e Rio Tinto (LON:RIO) fechou em queda de 2%.
Os mercados na China continental fecharam quase estáveis. O composto de Shanghai terminou em alta de 0,08% em 3.110,16 pontos, enquanto o composto de Shenzhen fechou em 1.810,11 pontos.
O Hang Seng Index de Hong Kong avançou míseros 0,03%. O grupo Lenovo, com sede em Hong Kong, caiu 3,17%. O maior fabricante de computadores pessoais do mundo informou que voltou a ter lucro no ano em março, mas relatou alguns problemas no curto prazo.
EUROPA: A queda nos preços do petróleo continua a pesar sobre as bolsas europeias nesta sexta-feira. O pan-europeu Stoxx 600 recua 0,64%, com a maioria das principais bolsas e setores em território negativo. O FTSE é impulsionado após a libra esterlina cair para a mínima de 10 dias após notícias de a liderança do Partido Conservador britânico está diminuindo antes da eleição geral de 8 de junho.
Setor de óleo e gás registra pior desempenho depois que a OPEP e alguns países não-membros da OPEP concordaram nesta quinta-feira em ampliar os cortes no fornecimento de petróleo de 1,8 milhão de barris por dia por mais nove meses, em uma tentativa de conter os preços. Embora a extensão fosse esperada em grande parte, o anúncio decepcionou alguns investidores que esperaram cortes mais longos e mais profundos. Empresas como a Lundin Petroleum, OMV, Statoil e Italgas caem mais de 1%.
O setor financeiro também cai. Societe Generale (PA:SOGN), Commerzbank e Deutsche Bank operam em queda de mais de 2,3%. Em sentido contrário dentro do setor, o grupo italiano Mediaset lidera os ganhos e opera perto do topo do índice de referência europeiu.
Entre as mineradoras listadas em Londres, Anglo American (LON:AAL) cai 0,8%, Antofagasta (LON:ANTO) recua 1,2%, BHP perde 0,5% e Rio Tinto, em sentido contrário, avança singelos 0,1%.
Sem resultados corporativos na sexta-feira, os investidores estão de olhos na Sicília, Itália, onde os líderes do G-7 se reunirão para discutir assuntos como comércio e mudanças climáticas. O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quinta-feira que os membros da OTAN deveriam contribuir mais.
Enquanto isso, os partidos políticos do Reino Unido devem retomar a campanha eleitoral, quatro dias depois do ataque terrorista atingir a cidade de Manchester. O Reino Unido interrompeu temporariamente o compartilhamento de informações com os EUA na quinta-feira depois que informações foram vazadas para a imprensa americana. No entanto, a participação foi retomada no início da sexta-feira.
EUA: Os futuros dos índices de ações americanos apontam para uma abertura ligeiramente menor, com operadores afastando-se de ativos mais arriscados em detrimento aos preços flutuantes do petróleo.
Frente aos dados de sexta-feira, serão divulgados os números de encomendas de bens duráveis de abril, dados revisados do Produto Interno Bruto (PIB) para o primeiro trimestre de 2017 e os dados revisados sobre o sentimento do consumidor para maio.
AGENDA DO INVESTIDOR EUA:
9h30 - Durable Goods Orders e Core Durable Goods Orders (números mensais de pedidos de bens duráveis para a indústria nos Estados Unidos, além de destacar o indicador se excluídos as encomendas no setor de transportes);
9h30 - Prelim GDP (Estimativa para o PIB dos EUA);
9h30 - Prelim GDP Price Index (Índice de Preços do PIB);
11h00 - Revised UoM Consumer Sentiment (mede a confiança dos consumidores na economia norte-americana);
11h00 - Michigan Inflation Expectations (mede a porcentagem que os consumidores esperam do preço dos bens e serviços nos próximos 12 meses);
ÍNDICES FUTUROS - 8h30:
Dow: -0,15%
SP500: -0,19%
NASDAQ: -0,07%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.