As incertezas relacionadas à questão fiscal no Brasil crescem, conforme o adiamento da decisão da nova meta fiscal. Que a meta anterior já não seria cumprida, isto já era dado como certo, pois não dependia tão somente de uma melhora de arrecadação, como também de receitas extraordinárias e esta “fonte” secou.
O revés da confiança ocorrido pós-delação teve seu papel na redução das perspectivas de atividade econômica e consequentemente, da arrecadação.
Não que a Fazenda estive trabalhando com números irreais, aliás, comparado a gestões anteriores, os sinais da autoridade econômica têm sido claros.
Porém, mesmo o rombo mais realista necessita de uma margem de segurança, considerando os meandros da política nacional. Neste ponto, Meirelles falhou. Não se pode contar no Brasil com um ciclo estável baseado somente na economia.
Problemas de ordem política pesam e muito nas contas e ao considerarmos o custo que o governo imputou para se manter vivo, com liberação de recursos e emendas, é fácil imaginar a frustração da equipe econômica. Pelo menos, alguém levantou a bandeira da redução de gastos.
A pretensa estabilidade global, resumida nos índices de inflação americana controlada não podem ser mantidas, principalmente em vista às questões geopolíticas, com o agora apoio aberto da Austrália aos EUA em caso de movimentações da Coreia do Norte.
Pior, temos eleições em 2018. Preparemo-nos.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é negativa na sua maioria e os futuros em NY operam em queda, ainda como consequência das tensões bélicas iniciadas pelos discursos dos presidentes norte coreano e americano. Na Ásia, o fechamento foi negativo, seguindo a mesma premissa de tensão global dos últimos dias.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, após abertura instável, enquanto os Treasuries operam com rendimento negativo até os 10 anos, com rendimento positivo a partir de então.
Entre as commodities metálicas, a alta só não é observada no cobre, com o ouro ainda impulsionado pelas questões geopolíticas.
O petróleo abriu negativo, com o retorno da preocupação da super oferta global da commodity.
No calendário corporativo, destacam-se os resultados de Bradespar, OSX, Somos Educação, Triunfo, Kroton, Viver, Magnesita, Brasil Brokers (SA:BBRK3), B3, Taurus, Eletrobrás e CESP.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,176 / 0,64 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,068%
Dólar / Yen : ¥ 109,02 / -0,165%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,123%
Dólar Fut. (1 m) : 3177,16 / 0,43 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,90 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 8,48 % aa (0,71%)
DI - Janeiro 21: 9,43 % aa (1,07%)
DI - Janeiro 25: 10,30 % aa (1,08%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,00% / 66.992 pontos
Dow Jones: -0,93% / 21.844 pontos
Nasdaq: -2,13% / 6.217 pontos
Nikkei: -0,05% / 19.730 pontos
Hang Seng: -2,04% / 26.884 pontos
ASX 200: -1,18% / 5.693 pontos
ABERTURA
DAX: -0,293% / 11979,15 pontos
CAC 40: -1,117% / 5058,11 pontos
FTSE: -1,060% / 7311,59 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 67041,00 pontos
S&P Fut.: -0,152% / 2433,90 pontos
Nasdaq Fut.: -0,186% / 5779,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,19% / 83,38 ptos
Petróleo WTI: -0,56% / $48,32
Petróleo Brent:-0,37% / $51,71
Ouro: 0,12% / $1.288,11
Minério de Ferro: 0,11% / $74,88
Soja: -3,09% / $17,85
Milho: 0,07% / $357,50
Café: -0,36% / $137,05
Açúcar: 0,45% / $13,31