Mais uma semana de agenda global intensa, especialmente no Brasil e nos EUA, com o foco no exterior na questão bancária dos bancos de países desenvolvidos e localmente, atenções voltadas ao arcabouço fiscal.
Assim como não havia novidade dos eventos que levaram à aquisição forçada do Credit Suisse (SIX:CSGN) pelo UBS, não existem novidades quanto à situação do Deustche Bank, em meio à crise do setor que se arrasta há 15 anos no velho continente.
Citamos em 2019 o problema com os títulos emitidos pelo Deustche e como isso seria na verdade uma sinalização de um problema sistêmico da região, que passa por um delicado momento de ônus demográfico, baixo crescimento econômico, custos sociais elevados e pouca perspectiva de mudança.
As ocorrências de protestos na França pelas mudanças no sistema previdenciário são um exemplo direto do que ocorre em grande parte do continente, onde o estado não tem mais condições de prover com a qualidade e velocidade que a envelhecida população demanda e o setor privado não consegue crescer para prover impostos.
Nos EUA, a situação dos bancos ainda se assemelha, guardadas as devidas proporções, ao que ocorreu em 2008 durante a crise de hipotecas, devido o papel dos bancos regionais e da ainda falha regulação, mesmo após todo o ocorrido.
Os depósitos do Silicon Valley Bank (SVB) já possuíam garantida do FDIC (equivalente ao FGC no Brasil) e agora, reforçam tal garantia ao serem adquiridos pelo First Citizens Bank, o qual se tornou um dos 20 maiores bancos americanos em 2022 ao fundir-se com o CIT Group.
Este foi um esforço coordenado do governo americano, com o apoio dos grandes bancos que fizeram depósitos para sustentar o SVB neste período e evitar uma contaminação sistêmica, aliviando o sistema e voltando a atenção ao FED.
Localmente, ao não viajar à China, o presidente abriu caminho para se acelerarem as discussões sobre o arcabouço fiscal e a entrega de um plano que seja minimamente aceitável, ao ponto de se criar uma reação nas curvas de juros.
A narrativa recente de ataques ao senador Moro tirou boa parte da força e do foco dos ataques do governo ao Banco Central e aos juros altos e reforçou a responsabilidade do executivo na apresentação do plano o quanto antes.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, como reação aos à ajuda ao sistema bancário e a compra dos depósitos do SVB pelo First Citizens.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, com Nikkei e ASX positivos, reagindo em partes ao fechamento de sexta-feira no ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto futuros do minério de ferro.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com investidores pesado as ações de combate à crise bancária.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,55%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2463 / -0,99 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / 0,047%
Dólar / Yen : ¥ 131,44 / 0,520%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,188%
Dólar Fut. (1 m) : 5261,75 / -0,71 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,09 % aa (-0,74%)
DI - Janeiro 25: 11,96 % aa (-1,45%)
DI - Janeiro 26: 11,99 % aa (-1,36%)
DI - Janeiro 27: 12,26 % aa (-0,95%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,9221% / 98.829 pontos
Dow Jones: 0,4120% / 32.238 pontos
Nasdaq: 0,3102% / 11.824 pontos
Nikkei: 0,33% / 27.477 pontos
Hang Seng: -1,75% / 19.568 pontos
ASX 200: 0,10% / 6.962 pontos
ABERTURA
DAX: 1,326% / 15155,51 pontos
CAC 40: 1,152% / 7095,88 pontos
FTSE: 0,790% / 7463,95 pontos
Ibov. Fut.: 1,14% / 99496,00 pontos
S&P Fut.: 0,50% / 4021,25 pontos
Nasdaq Fut.: 0,295% / 12927,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,38% / 102,63 ptos
Petróleo WTI: 0,66% / $69,72
Petróleo Brent: 0,68% / $75,50
Ouro: -1,19% / $1.953,77
Minério de Ferro: 0,56% / $120,35
Soja: -0,02% / $1.427,75
Milho: -0,54% / $639,50
Café: 0,92% / $180,80
Açúcar: 0,62% / $20,95