China mantém os juros estáveis e talvez esta seja a notícia mais relevante do cenário de curto prazo, em meio às expectativas com eventos políticos/econômicos que se arrastam desde o início deste mês.
As taxas prime de empréstimos de um e cinco anos mais recentes da China foram mantidas em 3,85% e 4,65% respectivamente, em linha com as expectativas dos analistas.
Localmente, sem grandes novidades no âmbito político, o que em partes continua sendo positivo.
Os dias são movidos somente com notícias de um possível alinhamento de Maia e Guedes e de Guedes com Bolsonaro, algo considerado positivo pelo mercado, o que tem evitado notícias de rompantes de gastos e possível descumprimento do teto dos gastos.
Neste ínterim, aguardam-se novidades sobre o avanço das reformas, porém dado o esvaziamento de Brasília com as eleições municipais, é possível que este ano sejam vistos somente possíveis encaminhamentos de propostas, porém sem nada concreto.
Repetindo, em termos de Brasil, ‘no news, good news’.
Nos EUA, o prazo final de um possível plano conjunto de alívio dos impactos econômicos da COVID-19 anima os investidores, em busca de sinais positivos que possam aliviar o avanço de uma segunda onda pandêmica na Europa e temores de sua repetição nos EUA.
Mnuchin e Pelosi continuam a debater o tema para a adoção de pontos em comum, o que na verdade mascara uma guerra por protagonismo do tema às vésperas das eleições americanas.
Aos Democratas, o ideal seriam a adoção de seu plano de injeção de recursos diretos à população, algo que até combina com o plano Republicano em partes.
Os Republicanos, todavia, querem adoção de garantias de emprego, para evitar o que já acontece em diversos estados americanos, em que empregadores acabam por disputar a mão de obra com os cheques do governo.
Em resumo, aguardamos pelas mesmas coisas em todo mês de outubro.
Na agenda de hoje, destacam-se o IGP-M Semanal, a possível arrecadação de impostos para setembro e dados do mercado de trabalho americano.
Na agenda corporativa, destacam-se os resultados de Procter & Gamble, Netflix (NASDAQ:NFLX), Texas, Philip Morris, Lockheed Martin (NYSE:LMT), UBS, Snap (NYSE:SNAP) e Logitech.
Localmente, Neoenergia (SA:NEOE3) e Romi (SA:ROMI3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa por novidades do plano de alívio da COVID-19 nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercado positivo, após manutenção de juros na China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, destaque à alta do cobre.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York temores da COVID-19 em voga
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,50%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6091 / -0,65 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,314%
Dólar / Yen : ¥ 105,54 / 0,104%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,162%
Dólar Fut. (1 m) : 5596,25 / -0,84 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,03 % aa (-2,42%)
DI - Janeiro 23: 4,66 % aa (-0,21%)
DI - Janeiro 25: 6,48 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 27: 7,40 % aa (-0,14%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,3545% / 98.658 pontos
Dow Jones: -1,4364% / 28.195 pontos
Nasdaq: -1,6508% / 11.479 pontos
Nikkei: -0,44% / 23.567 pontos
Hang Seng: 0,11% / 24.570 pontos
ASX 200: -0,72% / 6.185 pontos
ABERTURA
DAX: -0,443% / 12797,73 pontos
CAC 40: 0,307% / 4944,38 pontos
FTSE: 0,177% / 5895,05 pontos
Ibov. Fut.: 0,37% / 98825,00 pontos
S&P Fut.: -1,141% / 3422,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,642% / 11728,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,28% / 73,78 ptos
Petróleo WTI: -0,05% / $40,81
Petróleo Brent: -0,31% / $42,49
Ouro: 0,13% / $1.906,60
Minério de Ferro: -0,06% / ¥ $121,53
Soja: 0,81% / $1.062,75
Milho: 0,43% / $407,00
Café: -0,05% / $106,00
Açúcar: -0,41% / $14,66