A sessão de ontem deu um contexto positivo ao mercado, após a reunião bipartidária nos EUA para definição do plano de infraestrutura proposto por Biden, o qual não deve contar com o tão sonhado aumento de impostos dos democratas e ter foco maior na infraestrutura e no emprego, do que na assistência social.
Ainda que Biden cite o evento como uma possível vitória, a verdade é que o tão sonhado Blue Wave dos democratas barrou em uma guinada excessiva ao corner esquerdo, que afastou os partidários mais ao centro, agora preocupados tanto com o rumo fiscal do país, quanto o custo que isso deve impor aos americanos.
Para o mercado financeiro, o cenário continua positivo, pois ainda que os investimentos continuem a impulsionar a economia, os mesmos não são exagerados o suficiente para gerar temeridade na inflação, ainda preservando a liquidez de maneira semelhante àquela observada nos últimos anos.
Isso não significa que o Fed está isento da necessidade e uma normalização dos juros americanos de forma a conter os impactos inflacionários de maior prazo e nem mesmo que não vá promover um Tapering (redução da compra de ativos) em algum momento no futuro, somente significa que este processo pode seguir o curso ‘normal’ após 2023, caso a inflação assim o permita.
Localmente, as atenções continuam voltadas à inflação, afinal o foco é dado desde a ata da reunião do COPOM onde o mercado já decretou uma elevação de 100 bp, ainda que o BC tenha decidido por um próximo movimento de 75 bp, condicionando 100 bp a uma extensa de série de fatores.
Neste mesmo contexto, Conselho Monetário Nacional (CMN) fixou meta de inflação em 3,00% para 2024, com margem de 1,5 pp, mantendo as metas anteriores em 2021 - 3,75%, 2022 - 3,50% e 2023 - 3,25%.
É um movimento interessante do conselho, porém o esforço que ele demanda para se cumprir metas mais estritas de inflação no Brasil não partem mais da política monetária e sim do fiscal e suas reformas. Sem isso, somente contrata mais ‘voos de galinha’ para a economia brasileira.
Neste contexto, preserva-se a importância da leitura do IPCA-15 hoje, onde projetamos alta de 0,81% e a depender do resultado, entender o quanto pode se aliviar até a medida fechada de junho, a qual fechamos coleta neste dia 28.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com o anúncio de um possível acordo bipartidário nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo a melhora em NY.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos até os 5 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque à prata.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com perspectiva de oferta restrita, mas de olho na OPEP+.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,13%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,9143 / -1,06 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,101%
Dólar / Yen : ¥ 110,76 / -0,126%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / -0,065%
Dólar Fut. (1 m) : 4916,68 / -1,16 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,72 % aa (-0,37%)
DI - Janeiro 23: 7,23 % aa (-1,16%)
DI - Janeiro 25: 8,15 % aa (-1,21%)
DI - Janeiro 27: 8,53 % aa (-1,16%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,8453% / 129.514 pontos
Dow Jones: 0,9523% / 34.197 pontos
Nasdaq: 0,6865% / 14.370 pontos
Nikkei: 0,66% / 29.066 pontos
Hang Seng: 1,40% / 29.288 pontos
ASX 200: 0,45% / 7.308 pontos
ABERTURA
DAX: -0,083% / 15576,37 pontos
CAC 40: -0,090% / 6625,21 pontos
FTSE: 0,076% / 7115,37 pontos
Ibov. Fut.: 0,83% / 130211,00 pontos
S&P Fut.: 0,584% / 4256,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,211% / 14382,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,25% / 92,59 ptos
Petróleo WTI: -0,30% / $73,05
Petróleo Brent: -0,32% / $75,34
Ouro: 0,45% / $1.782,79
Minério de Ferro: -0,26% / $213,75
Soja: 0,53% / $1.379,75
Milho: 0,38% / $656,50
Café: -0,49% / $152,40
Açúcar: -0,53% / $16,80