Panorama de Mercado
Encerramos a semana sem novidades em relação ao andamento da reforma da Previdência na Câmara, apenas uma ou outra notícia vinda de alguns partidos. Na quarta-feira (01/05) não houve pregão devido o feriado de Dia do Trabalho. Porém no exterior houve divulgação de balanços corporativos e também a decisão de política monetária do Fed. Na sexta-feira (03/05) tivemos divulgação do relatório de emprego nos EUA, vulgo payroll. Com isso podemos considerar que tivemos uma semana estável em nosso índice mais importante, o Ibovespa, que fechou a semana em 96007.89 pontos, praticamente cravado na milhar. Ou seja, uma variação semanal que não passou nem perto de 0,5%. Já seu derivativo, o Índice Futuro, fechou a semana na casa dos 96.790 pontos.
No cenário nacional, algumas articulações divulgadas sobre a Reforma da Previdência fizeram com que os investidores se colocassem mais uma vez em posição de cautela. O líder sindical e deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) declarou que os partidos do Centrão farão de tudo para enxugar a proposta da PEC objetivando que o presidente Jair Bolsonaro não consiga se reeleger em 2022. O líder do PP, deputado Arthur Lira (AL), disse à Rádio Eldorado que o governo não tem os 308 votos necessários para aprovação da PEC. Para quem não sabe, o Solidariedade é um dos partidos que compõem o bloco político que dá as cartas e comanda as principais votações na Câmara. O Centrão é formado, também, pelo PP, PR, MDB, PSD, DEM, PTB e Podemos. Ainda orbitam em torno desses oito partidos o PSDB e metade do PSL (partido de Bolsonaro) ligado ao líder da legenda, Delegado Waldir (GO). As declarações de Paulinho não foram bem aceitas nem no governo nem no Centrão. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse não acreditar que a opinião do deputado não seja unanimidade no grupo. Já o líder do PSD, também integrante do Centrão, André de Paula atacou a posição do ex-sindicalista dizendo nunca tinha visto a questão por esse prisma. O líder do PP, Arthur Lira, foi além dizendo ser “doidice” de Paulinho, e que o assunto nunca foi abordado dessa forma.
No mercado internacional, o Fed manteve o intervalo da taxa de juros motivado pela expectativa, confirmada pelo payroll, do fortalecimento do mercado de trabalho nos EUA e do crescimento da economia americana, sinalizando que não haverá variações da taxa ao longo de 2019. A decisão levou à correção na perspectiva de risco dos investidores e queda de várias moedas em relação ao dólar no mundo todo. Já o petróleo teve a semana marcada por quedas. Donald Trump fez pressão para que a Arábia Saudita aumentasse a produção como forma de compensar a retirada do petróleo do Irã devido o findar das isenções à importação do petróleo concedido a oito países, dentre eles a China. Após divulgação sobre o aumento da produção nos EUA ocorreu uma valorização acima das expectativas nos estoques americanos de petróleo bruto. Para completar a situação ainda houve um novo episódio da crise política na Venezuela, o que conta a favor na alta da cotação internacional do petróleo.
A seguir, temos o fechamento de alguns ativos e índices:
Índice Bovespa - 96007.89 pontos;
Índice Futuro de IBOVESPA - 96790 pontos
Petrobras PN (SA:PETR4) - 26,85 reais
Vale do Rio Doce (F:VALE3) ON - 50,40 reais
Banco Itaú (SA:ITUB4) PN - 33,71 reais
Banco Bradesco (SA:BBDC4) PN - 35,96 reais
Ambev (SA:ABEV3) ON - 17,92 reais
Dólar Futuro - 3.945,50 reais
Índice Dow Jones - 26504.95 pontos
Índice S&P 500 Fut - 2945.64 pontos
O que esperar para próxima semana...
Iniciamos a semana agitada com várias divulgações de balanços devido o encerramento do primeiro quadrimestre de 2019. Na segunda-feira (06/05) teremos divulgação dos balanços da Magazine Luiza SA (SA:MGLU3) e Transmissora Aliança de Energia Elétrica SA (SA:TAEE11).
Na terça-feira (07/05) temos a primeira reunião ordinária do Copom, além disso teremos também divulgação do balanço do Iguatemi Empresa de Shopping Centers SA (SA:IGTA3).
Na quarta-feira (08/05) teremos novamente reunião do Copom. Para quem não sabe as reuniões ordinárias são realizadas em duas sessões: na primeira acontece a apresentações técnicas, e a segunda são tomadas as decisões das diretrizes de política monetária. A divulgação das decisões do Copom será feita na quarta-feira, após o seu término da reunião. Além disso, na mesma data teremos divulgação dos balanços da Braskem SA (SA:BRKM5), Edp Energias do Brasil SA (SA:ENBR3), MRV Engenharia e Participacoes SA (SA:MRVE3) e Companhia Siderúrgica Nacional (SA:CSNA3).
Já a quinta-feira (09/05) será marcada por diversos balanços “de peso” sendo divulgados como: Banco do Brasil SA (SA:BBAS3), Vale SA (SA:VALE3), B3 SA Brasil Bolsa Balcão (B3SA3 (SA:B3SA3)), Telefonica Brasil SA (SA:VIVT4), RUMO Logistica Operadora Multimodal SA (RAIL3 (SA:RAIL3)), B2W Cia Digital (SA:BTOW3), Estacio Participacoes SA (SA:ESTC3), Cyrela Brazil Realty SA (SA:CYRE3), Qualicorp SA (SA:QUAL3), CVC Brasil Operadora e Agencia de Viagens SA (SA:CVCB3) e BR Malls Participacoes SA (SA:BRML3). E para sexta-feira (10/05) fica a divulgação do balanço da BRF SA (SA:BRFS3).
Fique atento para esses eventos (três touros):
- Terça-feira -Ofertas de Emprego JOLTs (Mar) às11h;
- Quarta-feira- Estoques de Petróleo Bruto às 11:30h;
- Quinta-feira - IPP (Mensal) (Abr) às09:30h;
- Sexta-feira-IPC-núcleo (Mensal) (Abr) às09:30h;
Tenham uma excelente semana.
Liora Vanessa
Este conteúdo visa ambientar/informar os investidores de uma forma simples sobre como o mercado tem se comportado, jamais devendo ser considerado como indicação de compra ou venda de qualquer ativo.