“...apesar dos números”. As notícias se repetem nos sites especializados de mercado financeiro de que os investidores ignoram os novos casos de COVID-19 e mantém o humor “positivo”.
É até possível mesmo que o mercado adote uma postura menos beligerante quanto aos novos avanços pandêmicos, enquanto tais eventos não atingirem novamente os indicadores econômicos, os quais se destacam nesta semana mercado imobiliário, inflação e produção industrial nos EUA e inflações e IBC-Br no Brasil.
O epicentro da doença nos EUA, Nova York, registrou o primeiro dia sem nenhuma morte relacionada à doença enquanto São Paulo, o epicentro brasileiro vê um aumento no interior, porém menores números na capital, levando à reabertura parcial dos negócios.
Nestas breves estatísticas é que o mercado se apoia e busca sustentar o que parece a alternativa mais viável de curto prazo para investimentos, onde existe o prêmio de maior risco e muitas vezes irreleva fatos importantes.
Entre estes fatos está a escalada de conflitos políticos e geopolíticos em que a China tem se inserido recentemente, não somente com os EUA, mas com uma série de países.
Contra os EUA, Trump ganhou um certo conforto com os indicadores econômicos mais recentes, daí a mudança de retórica contra a segunda maior economia do mundo, agora fora do contexto comercial belicoso, mas que pode adiar a compleição da fase-1 do acordo.
O senador Marco Rubio sancionou uma legislação destinada a punir Pequim pelo tratamento de minorias étnicas na região de Xinjiang e a China anunciou sanções os senadores Marco Rubio, Ted Cruz e diversos outros membros do governo americano.
Recentemente, na celebração de união entre Rússia e Vladivostok, a China reivindicou a região como parte de seu território, reacendendo uma disputa de mais de 160 anos.
Problemas semelhantes com vias de fato ocorreram na fronteira com a Índia, no vale do rio Galwan.
Neste contexto e em meio à pandemia originada exatamente na China, as atenções precisam ser grandes, pois as proporções de eventos ali tendem a serem na mesma dimensão.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, mesmo com casos de COVID em alta
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, mantendo o apetito pelo prêmio de risco.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos até os 10 anos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e em Nova York, na expectativa pela reunião da OPEP na quarta-feira.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,24%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3258 / -0,35 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,230%
Dólar / Yen : ¥ 107,09 / 0,150%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / -0,166%
Dólar Fut. (1 m) : 5325,99 / -0,77 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,02 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,08 % aa (-2,39%)
DI - Janeiro 25: 5,56 % aa (-1,24%)
DI - Janeiro 27: 6,37 % aa (-0,93%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,8789% / 100.032 pontos
Dow Jones: 1,4363% / 26.075 pontos
Nasdaq: 0,6607% / 10.617 pontos
Nikkei: 2,22% / 22.785 pontos
Hang Seng: 0,17% / 25.772 pontos
ASX 200: 0,98% / 5.978 pontos
ABERTURA
DAX: 0,924% / 12750,38 pontos
CAC 40: 0,868% / 5013,62 pontos
FTSE: 0,902% / 6150,37 pontos
Ibov. Fut.: 0,92% / 100128,00 pontos
S&P Fut.: 0,396% / 3191,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,547% / 10895,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,13% / 66,55 ptos
Petróleo WTI: -1,78% / $39,82
Petróleo Brent: -1,48% / $42,61
Ouro: 0,58% / $1.808,52
Minério de Ferro: 0,94% / $105,59
Soja: -0,75% / $891,50
Milho: -1,47% / $335,50 $335,50
Café: -1,59% / $96,15
Açúcar: -0,43% / $11,71