Em dia de feriado nos EUA, os mercados seguem erráticos e com a Ucrânia no radar

 As principais bolsas asiáticas fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira, com os investidores continuando a observar a situação em torno da Ucrânia, enquanto a China deixou a sua taxa de empréstimo inalterada.

A taxa básica de empréstimo de um ano (LPR) do Banco Popular da China foi mantida inalterada em 3,7%, conforme as previsões de analistas, enquanto a LPR de cinco anos também se manteve inalterado em 4,6%. Na China continental, o composto de Xangai fechou praticamente estável, com alta de 0,04%, em 3.490,61 pontos, enquanto o Shenzhen Component subiu 0,09%, para 13.471,16 pontos. O índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,65%, para 24.170,07 pontos.

O Nikkei do Japão chegou a cair 2% nas negociações matinais antes de recuperar parte dessas perdas, terminando o pregão 0,78% mais baixo, em 26.910,87 pontos. Uma leitura preliminar dos dados das fábricas japonesas na segunda-feira mostrou uma queda acentuada no PMI de manufatura, de 55,4 para 52,9, em uma escala de 0 a 100, onde leituras acima de 50 indicam expansão. Analistas esperam que a atividade recupere à medida que a última onda de infecções diminui.

O Kospi da Coreia do Sul fechou em baixa de 0,03%, em 2.743,80 pontos.

O S&P/ASX 200 da Austrália fechou em alta de 0,16%, em 7.233,60 pontos. O índice passou a manhã em território negativo, mas melhorou quando os futuros dos EUA indicaram que Wall Street abriria as negociações em alta na segunda-feira. Os grandes bancos altamente ponderados fecharam em alta, enquanto BHP e Rio Tinto (LON:RIO) tiveram pequenos ganhos de 0,7% e 0,6%, respectivamente, enquanto Fortescue Metals (ASX:FMG) caiu 1,4%. Entre as produtoras de petróleo Santos caiu 2% e Woodside Petroleum (ASX:WPL) avançou 2,5%.

O índice MSCI para Ásia-Pacífico exceto Japão caiu 0,3%.

EUROPA: Os mercados europeus operam com volatilidade na manhã desta nesta segunda-feira, apesar de esperanças de uma solução diplomática para as tensões Rússia-Ucrânia.

No domingo, o gabinete do presidente francês Emmanuel Macron informou que o presidente dos EUA, Joe Biden e seu colega russo Vladimir Putin concordaram "em princípio" com um encontro nas próximas semanas. Os EUA confirmaram o anúncio. A secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, disse no domingo à noite que, se Moscou não lançar uma invasão nos próximos dias, o encontro ocorrerá após uma reunião agendada entre o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, no final desta semana.

As tensões haviam aumentado no domingo, depois que a Rússia não cumpriu a promessa de retirar dezenas de milhares de militares na vizinha Bielorrússia ao final de exercícios militares. Autoridades dos EUA disseram no domingo que a Rússia decidiu invadir a Ucrânia, com base em informações da inteligência.

Os EUA e seus aliados ocidentais prometem impor duras sanções contra a Rússia se ela invadir, mas Moscou poderia retaliar cortando as exportações de petróleo e gás. Falando na Conferência de Segurança de Munique no domingo, a vice-presidente Kamala Harris alertou que os consumidores dos EUA poderiam ser afetados, pagando preços mais altos de energia.

O índice pan-europeu Stoxx 600 oscila em torno da linha de abertura no meio da manhã, tendo negociado em alta de 0,6% no início da sessão e opera em baixa de 0,36%, com ações de tecnologia caindo, enquanto as ações de seguros e bancos subindo.

O alemão DAX 30 cai 0,07%, o francês CAC 40 recua 0,48% e o FTSE MIB da Itália perde 0,58%.

Na Península Ibérica, o IBEX 35 da Espanha avança 0,04% e o português PSI 20 tomba 1,11%.

Os índices russos MOEX e RTSI caem 3,24% cada.

Em Londres, o FTSE 100 sobe 0,34%. Entre as mineradoras listada na LSE, Antofagasta (LON:ANTO) cai 1,1%, enquanto Glencore (LON:GLEN) sobe 0,1% e Rio Tinto avança 0,2%. Anglo American (LON:AAL) sobe 0,4%, após anunciar que reiniciou as operações em sua mina de carvão de Grosvenor em Queensland, Austrália, após um incidente com gás em maio de 2020.

Entre os dados econômicos previstos, a leitura do PMI composto da área do euro do IHS Markit, visto como um indicador confiável da saúde econômica do bloco, atingiu uma alta de cinco meses de 55,8 em fevereiro, apesar dos recordes da inflação ao consumidor. O número superou significativamente a previsão de 52,7 de analistas e os 52,3 vistos em janeiro.

EUA: Os futuros dos índices de ações dos EUA sobem na manhã de segunda-feira, com o otimismo de um possível encontro entre o presidente dos EUA Joe Biden e seu colega Vladimir Putin, mas o dia promete pouco volume para os mercados que estarão abertos em razão do feriado do Dia do Presidente nos Estados Unidos, quando as bolsas dos EUA estarão fechados.

Na sexta-feira, os índices de ações dos EUA caíram e registraram a segunda semana consecutiva de perdas, com o conflito Rússia-Ucrânia colocando pressão sobre os mercados, combinada com o aumento da inflação e a probabilidade de múltiplos aumentos nas taxas de juros. O Dow Jones Industrial Average caiu 0,68%, em 34.079,18 pontos. O S&P 500 perdeu 0,72%, fechando em 4.348,87 pontos, e o Nasdaq Composite recuou 1,23%, para 13.548,07 pontos. Na semana, o Dow caiu 1,9%, o S&P 500 caiu 1,6% e o Nasdaq recuou 1,8%.

A sessão de sexta-feira foi particularmente volátil, com trilhões de dólares em opções e futuros de ações, índices e ETFs expirando no vencimento das opções, que geralmente ocorrem na terceira sexta-feira do mês, fazendo com que os mercados oscilassem em uma ampla faixa de negociação à medida que essas posições são encerradas.

Os rendimentos do Tesouro caíram na sexta-feira, à medida que os investidores transferiam dinheiro para a segurança dos títulos dos EUA. O rendimento do Tesouro de 10 anos, que afeta as taxas de hipotecas e outros empréstimos ao consumidor, ficou estável em 1,93% no início de segunda-feira.

A Intel (NASDAQ:INTC) registrou a maior queda no Dow, perdendo 5,3%. O Bank of America (NYSE:BAC) reiterou uma classificação de baixo desempenho para suas ações, enquanto as ações da Roku despencaram 22,3% depois que a empresa de streaming de vídeo relatou perdas de receita e emitiu um "guidance" mais fraco do que o esperado.

Os investidores também estão sofrendo com as perspectivas da política do Federal Reserve. O presidente do Fed de St. Louis, James Bullard, que pediu uma ação agressiva, alertou que a inflação pode sair do controle sem aumentos de juros, enquanto o presidente do Fed de Nova York, John Williams, disse na sexta-feira que não enxerga nenhuma razão convincente para dar um grande passo no início, mas que o banco central pode decidir mais tarde acelerar.

CRIPTOMOEDAS: Os mercados de criptomoedas caíram no fim de semana, após a inteligência dos EUA informar que a Rússia já havia decidido invadir a Ucrânia, além dos contínuos temores inflacionários. Além disso, a notícia de que a OpenSea, a principal plataforma NFT, poderia ter sofrido um ataque cibernético que pode ter resultado em um roubo de milhões de dólares em tokens, assustando ainda mais os investidores para longe das criptomoedas nos últimos dias.

O analista conhecido como "Dave the Wave" e o "trader" Peter Brandt, especialistas que acertaram a queda do Bitcoin em 2018 apontam que o Bitcoin pode cair. O primeiro afirma que o Bitcoin está atualmente sendo negociado em um canal ascendente, o que permitiu que o BTC subisse das mínimas de US$ 33.000 para uma alta de 30 dias de US$ 45.661 e que para manter este padrão, a criptomoeda deve recuperar com urgência o nível de US$ 40.000 para manter o canal intacto e se o Bitcoin não conseguir manter os US $ 40 mil, provavelmente irá retomar uma tendência de baixa e caminhar para uma meta estabelecida em US$ 23.323. O segundo analista diz que os investidores não devem esperar um tiro rápido “para a lua” e precisam acreditar no Bitcoin a longo prazo e que as correções no BTC são normais e que o tempo de recuperação das quedas tende a ser maior do que apontam os analistas e que, em média, o preço do Bitcoin demorou pelo menos 30 meses antes de recuperar seu valor e atingir novas máximas.

De acordo com Du Jun, cofundador da Huobi, uma das maiores exchanges de criptomoedas do mundo, os mercados de alta do Bitcoin estão intimamente ligados ao que é conhecido como "Halving", processo relacionado aos chamados mineradores na rede Bitcoin, que com poderosos computadores executam cálculos complexos para validar transações na rede bitcoin e como resultado, os mineradores são recompensados ​​em Bitcoin. Segundo ele, o "halving" reduz pela metade a recompensa que os mineradores obtém para validar transações na rede da criptomoeda e isso corre aproximadamente a cada quatro anos. Segundo ele, o último "halving" ocorreu em maio de 2020 e em 2021, o BTC atingiu uma alta histórica acima de US$ 68.000. Uma ocorrência semelhante aconteceu quando ocorreu o "halving" em 2016. No ano seguinte, o BTC atingiu o que era na época um recorde, e completou que é difícil prever exatamente quando ocorrerá o "halving" porque existem muitos outros fatores que também podem afetar o mercado, como questões geopolíticas, guerra ou Covid recentemente.

Segundo Du Jun, após esses dois picos, o BTC caiu. Atualmente, o Bitcoin está com quase 40% de desconto em relação ao seu recorde de novembro, embora ainda esteja abaixo de algumas das baixas vistas em janeiro. O próximo "halving" está programado para ocorrer em 2024. “Se esse círculo continuar, estamos agora no estágio inicial de um mercado em baixa” e após completado esse ciclo, que poderá ser no final de 2024 e início de 2025, poderemos dar boas-vindas ao próximo mercado altista do Bitcoin.

Bitcoin: +0,28%, em US $ 38.313,20
Ethereum: +2,44%, em US $ 2.680,42
Cardano: +1,31%
Solana: +4,77%
Dogecoin: +0,85%
Shiba Inu: +4,17%
XRP: -0,92%
Litecoin: +1,82%

ÍNDICES FUTUROS - 7h55:
Dow: +0,11%
SP500: +0,06%
NASDAQ100: -0,11%

COMMODITIES:
MinFe Dailan: +4,74%
Brent: -0,15%
WTI: -0,30%
Soja: -0,01%
Ouro: -0,03%

OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, independente, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado, enquanto a europeia e a americana estão no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados. O texto não é indicação de compra, manutenção ou venda de ativos.