Semana truncada pelo feriado de Tiradentes no Brasil, com agenda local acumulada em razão da greve do Banco Central, expectativa com o discurso dos formuladores de política monetária no encontro do FMI, incluso Campos Neto e a temporada de balanços corporativos.
Por aqui, os dados que dependem do Banco Central para serem divulgados já estão chegando aos “retardatários”, quando os dados de arrecadação de março batem com os dados fiscais de fevereiro, que ainda não foram divulgados e mais uma semana sem a presença do relatório Focus.
Numa situação provavelmente inédita em nível global, a greve dos servidores públicos que exigem aumentos salariais em ano de pandemia e eleições demonstra que a redução do estado e uma reforma de caráter administrativo estão cada vez mais atrasados.
Ainda sobre o Banco Central, ao citar a “reanálise” do cenário de inflação, Campos Neto deixa claro aquilo que uma pequena parte do mercado e seus analistas já haviam precificado, que os juros não parariam de subir em 12,75% aa.
A obviedade do estranho cenário “alternativo” do Banco Central e a busca por indicadores de inflação com proxy no petróleo e o no câmbio, os quais, ainda que em franca ajuda à tal contexto, não ajudaram a descomprimir os preços demonstram que o futuro dos juros no Brasil continua incerto.
Mais uma obviedade ocorre ao se analisar a necessidade de melhor apreciação de todas as altas de juros já ocorridas na economia, dada a defasagem das decisões de política monetária e sua ação na economia real, ou seja, ainda estaríamos em tese sob a égide de duas elevações de juros desde o piso histórico de 2%.
Em meio ao processo mais do que acelerado de aperto nos juros, seria interessante ao Banco Central tomar um providencial “fôlego” para observar a natureza dos recentes apertos, porém, em face à atual inflação, o mais provável é que mantenha o ciclo de alta de juros, mesmo que em menor intensidade.
No exterior, o mercado observa os dados acima das expectativas em termos de PIB, aos 4,8% aa, com melhora na produção industrial, ativos fixos, porém com piora nas vendas ao varejo (-3,5% vs -3,0% proj.), nos dados de emprego e imóveis.
Nesta semana, divulgam balanços a IBM (NYSE:IBM), Procter&Gamble, Dow, Johnson&Johnson, American Express e Verizon (NYSE:VZ).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pela semana pesada de balanços corporativos.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, após dados conflitantes da economia chinesa.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque à prata e platina.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, entre sinais conflitantes na China e continuidade da crise na Ucrânia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 6,70%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,7014 / 0,22 %
Euro / Dólar : US$ 1,08 / -0,148%
Dólar / Yen : ¥ 126,61 / 0,119%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,360%
Dólar Fut. (1 m) : 4714,73 / 0,25 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 13,11 % aa (0,04%)
DI - Janeiro 24: 12,80 % aa (0,79%)
DI - Janeiro 26: 11,94 % aa (1,32%)
DI - Janeiro 27: 11,86 % aa (1,19%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,5141% / 116.182 pontos
Dow Jones: -0,3280% / 34.451 pontos
Nasdaq: -2,1439% / 13.351 pontos
Nikkei: -1,08% / 26.800 pontos
Hang Seng: 0,67% / 21.518 pontos
ASX 200: 0,59% / 7.523 pontos
ABERTURA
DAX: 0,621% / 14163,85 pontos
CAC 40: 0,722% / 6589,35 pontos
FTSE: 0,469% / 7616,38 pontos
Ibov. Fut.: -0,72% / 117951,00 pontos
S&P Fut.: -0,40% / 4370 pontos
Nasdaq Fut.: -0,650% / 13821,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,71% / 133,37 ptos
Petróleo WTI: 0,02% / $106,97
Petróleo Brent: -0,20% / $111,48
Ouro: 0,75% / $1.988,94
Minério de Ferro: -0,58% / $155,69
Soja: 0,59% / $1.688,75
Milho: 1,17% / $795,75
Café: -0,64% / $223,60
Açúcar: -0,20% / $20,06