Uma ata dura quanto ao futuro das expectativas de inflação, mas elogiando o trabalho e dando o benefício da dúvida para as ações do ministério da Fazenda, na redução das desancoragens, pela melhora do cenário fiscal, mas ainda assim, aguardando soluções definitivas para o arcabouço.
Um ministro da Fazenda enaltecendo a tecnicidade da ata, denotando um possível trabalho em conjunto com o Banco Central e abrindo espaço para que no futuro, as ações simultâneas possam se tornar realidade.
Um mercado global à espera das falas do chairman do Federal Reserve, Powell, quanto à inflação, condições financeiras e mercado de trabalho e ainda que tal sinal tenha sido duro, houve um foco no discurso de que a desinflação dá sinais mais claros e está já começando, apesar de todas as pressões.
Tudo isso seria o suficiente para garantir um dia positivo para os mercados, com maior propensão ao prêmio de risco, beneficiando as bolsas de valores, valorização do Real e um movimento mais suave das curvas de juros, inclusive acompanhando o bom dia no exterior.
Como usual desde o início deste ano, tudo mudou com os ataques constantes e diretos do atual presidente ao Banco Central, num provável sinal de que o tão desejado aumento de gastos certamente se chocará com a percepção de juros futuros e por ser alertado disso, criou forte irritação no governo.
Para piorar, o governo pode estar visualizando não ser possível entregar um crescimento econômico decente para este ano, em meio ao cenário local e internacional desafiador e já busca no Banco Central o bode expiatório perfeito, em acordo com o seu métier político.
Tal ingerência com o mercado é passível de crítica, tanto quanto ataques aos poderes, como o judiciário, porém, podem não receber a mesma reação da mídia como ocorria no passado, em muitos casos leniente com o atual governo.
O mais certo é que o governo não tem um arcabouço fiscal definido e isso provavelmente ocorre, pois se propuser um aumento irresponsável de gastos, inclusive como temem alguns membros do governo, haverá a inevitável reação dos investidores, do mercado financeiro e obviamente, do Banco Central.
Porém a reação será a consequência dos atos do governo e não a causa da crise.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, após o discurso de Powell ser bem recebido pelos investidores globais.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, após Powell dizer que a inflação americana está prestes a declinar.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque à prata e à platina.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, em alta pelo terceiro dia consecutivo, como resposta a um dólar moderado.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,02%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2049 / 1,06 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / 0,224%
Dólar / Yen : ¥ 130,81 / -0,191%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / 0,349%
Dólar Fut. (1 m) : 5218,01 / 0,29 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,66 % aa (-1,06%)
DI - Janeiro 25: 13,11 % aa (-0,89%)
DI - Janeiro 26: 13,04 % aa (-0,35%)
DI - Janeiro 27: 13,11 % aa (0,12%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,8203% / 107.830 pontos
Dow Jones: 0,7839% / 34.157 pontos
Nasdaq: 1,9040% / 12.114 pontos
Nikkei: -0,29% / 27.606 pontos
Hang Seng: -0,07% / 21.284 pontos
ASX 200: 0,35% / 7.530 pontos
ABERTURA
DAX: 0,867% / 15453,72 pontos
CAC 40: 0,561% / 7172,35 pontos
FTSE: 0,762% / 7924,60 pontos
Ibov. Fut.: -0,95% / 108010,00 pontos
S&P Fut.: -0,32% / 4162,5 pontos
Nasdaq Fut.: -0,176% / 12738,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,77% / 108,95 ptos
Petróleo WTI: 1,50% / $78,31
Petróleo Brent: 1,22% / $84,71
Ouro: 0,56% / $1.882,34
Minério de Ferro: 0,41% / $121,45
Soja: 0,73% / $1.526,75
Milho: 0,30% / $676,25
Café: -0,40% / $176,45
Açúcar: 0,14% / $20,86