Terceiro dia de mais do mesmo.
A expectativa pelo plano de estímulos dos EUA, agora adiado até amanhã já tira ímpeto dos mercados e elevam o ceticismo dos investidores, ao mesmo tempo em que eleva o foco para o crescente problema da segunda onda pandêmica na Europa.
Como citamos anteriormente, em um mercado que se mostra cada vez mais dependente de estímulos para manter seu ímpeto bullish, a falta deles abre espaço para o questionamento da eficácia das políticas adotadas até agora, em especial por bancos centrais e como isso pode se reverter em um problema de dimensões incontroláveis no futuro.
Todavia, o curto prazo está formatado para receber esta onda de novos recursos, agora sob o pretexto da pandemia e a reversão de seus mais graves.
O problema é que o atual sistema ainda remonta aos alívios quantitativos de 2009 e muito pouco foi feito para se buscar a solução de retirada de tais estímulos, ou seja, o mundo vive numa armadilha keynesiana e sequer tem ideia de como desarma-la.
Politicamente, o segundo e último debate entre Joe Biden e Donald Trump chama a atenção e ao possível posicionamento de Trump diante do fiasco do debate anterior, considerado um dos piores da história americana.
Biden apático, se recusando a responder perguntas importantes como do aparelhamento do supremo e Trump excessivamente agressivo, deixando o debate rasteiro e sem conteúdo.
Não foi produtivo para nenhum dos dois e principalmente, para os eleitores.
Trump deve tentar reverter parte disso hoje, devido sua distância considerável do democrata nas pesquisas, ameaçando sua reeleição, o que não acontece com um republicano desde Bush pai (quando perdeu para Bill Clinton em 1992).
Localmente, as atenções se voltam às poucas notícias relacionadas à política, em meio à trégua dos poderes devido às eleições municipais que esvaziam fortemente o congresso nacional, além da polêmica da vacina.
Destaque na agenda macro dos EUA para indicadores antecedentes e venda de imóveis pré-existentes.
Na agenda corporativa, destacam-se os resultados de Intel (NASDAQ:INTC), Coca-Cola, AT&T, Union Pacific. Kimberly-Clark (NYSE:KMB), Hyundai, Dow, VeriSign, Seagate, Snap (NYSE:SNAP), American Airlines, Sonoco e Mattel.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa por novidades do plano de alívio da COVID-19 nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, quedas, com a perspectiva de baixo crescimento pelo FMI.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, apesar da elevação dos estoques de gasolina.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,20%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,606 / 0,00 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,186%
Dólar / Yen : ¥ 104,67 / 0,134%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / -0,441%
Dólar Fut. (1 m) : 5611,96 / 0,43 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,97 % aa (-1,49%)
DI - Janeiro 23: 4,58 % aa (0,88%)
DI - Janeiro 25: 6,37 % aa (0,63%)
DI - Janeiro 27: 7,28 % aa (0,69%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0125% / 100.552 pontos
Dow Jones: -0,3461% / 28.211 pontos
Nasdaq: -0,2761% / 11.485 pontos
Nikkei: -0,70% / 23.474 pontos
Hang Seng: 0,13% / 24.786 pontos
ASX 200: -0,29% / 6.174 pontos
ABERTURA
DAX: -0,092% / 12546,15 pontos
CAC 40: -0,006% / 4853,68 pontos
FTSE: -0,524% / 5746,24 pontos
Ibov. Fut.: 0,00% / 100662,00 pontos
S&P Fut.: -0,122% / 3428,30 pontos
Nasdaq Fut.: -0,321% / 11668,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,10% / 74,05 ptos
Petróleo WTI: 0,32% / $40,27
Petróleo Brent: 0,22% / $41,91
Ouro: -0,38% / $1.917,42
Minério de Ferro: 0,82% / ¥ $121,56
Soja: 0,02% / $1.075,75
Milho: -0,30% / $414,25
Café: -0,43% / $103,80
Açúcar: 0,83% / $14,65