O movimento global de sell-off de ações de tecnologia vem sendo prenunciado há algum tempo por uma série de analistas, em vista ao peso de tais ações no mercado americano e da sequência cada vez mais longeva de altas observadas.
Mesmo assim, o que soa como uma correção de tais ativos pode não perdurar muito tempo, pelos mesmos motivos expostos quase que diariamente pelo mercado: o excesso de liquidez em contínua presença no mundo.
Uma realização de lucros, ou uma correção mais intensa das bolsas de valores, neste momento, precisa de gatilhos mais intensos do que meramente uma correção pontual e diária, mas pode ocorrer quando as autoridades monetárias iniciarem o processo de normalização dos juros, a qual tende a ser capitaneada pelo Federal Reserve.
Eis que surge o problema, pois os novos parâmetros para a retomada da alta de juros pela autoridade monetária americana são mais flexíveis quanto à uma reação dos preços, o que pode levar a uma reversão mais demorada do atual nível de juros e dos programas de estímulos.
Com isso, o mundo deve continuar a buscar na renda variável o seu ‘porto-seguro’ de investimentos por um período relativamente indeterminado, até que as inflações finalmente reajam e a curva de Philips volte a responder aos parâmetros por ela determinados.
No Brasil, isso pode acontecer de maneira antecipada, dada a reação de diversos indicadores econômicos no curto prazo, em grande parte focados nos índices ao atacado, mas adicionados à uma provável e corrente reação dos indicadores econômicos no próximo trimestre, onde será possível observar um crescimento positivo do PIB.
Ainda assim, a tendência continua de se seguir o movimento das bolsas de países centrais e a reação do mercado como um todo tende a permanecer ‘contaminada’ por tal peso das bolsas internacionais.
Após um ADP Employment abaixo das expectativas no mês anterior e neste mês, as atenções se voltam hoje à criação de postos de trabalho nos EUA e à um possível início de normalização dos indicadores econômicos, após um período de intensa distorção pela depressão dos dados advindas da pandemia.
É cedo ainda para clamar por tal normalização, mas os sinais começam a crescer em países como Alemanha e EUA.
Tal processo deve finalmente deixar claro o tamanho das feridas deixadas pela pandemia e o tempo necessário para cura-las.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na espera pelo Payroll.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com as perdas em NY.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao minério de ferro e paládio.
O Petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, após queda mais forte dos estoques semanais.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -3,87%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2921 / -0,94 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,017%
Dólar / Yen : ¥ 106,19 / 0,019%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,113%
Dólar Fut. (1 m) : 5283,22 / -1,62 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,39 % aa (0,30%)
DI - Janeiro 23: 3,96 % aa (-1,25%)
DI - Janeiro 25: 5,76 % aa (-1,03%)
DI - Janeiro 27: 6,72 % aa (-1,03%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,1674% / 100.721 pontos
Dow Jones: -2,7758% / 28.293 pontos
Nasdaq: -4,9628% / 11.458 pontos
Nikkei: -1,11% / 23.205 pontos
Hang Seng: -1,25% / 24.695 pontos
ASX 200: -3,06% / 5.926 pontos
ABERTURA
DAX: 0,143% / 13076,38 pontos
CAC 40: 0,909% / 5055,07 pontos
FTSE: 0,844% / 5900,23 pontos
Ibov. Fut.: -1,22% / 100866,00 pontos
S&P Fut.: 0,217% / 3469,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,066% / 11754,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,52% / 72,67 ptos
Petróleo WTI: 0,87% / $41,74
Petróleo Brent: 0,73% / $44,51
Ouro: 0,42% / $1.937,94
Minério de Ferro: 1,84% / $128,38
Soja: 0,65% / $968,75
Milho: 1,31% / $349,00 $349,00
Café: 2,17% / $134,45
Açúcar: 0,33% / $12,11