A última sessão do mês de novembro foi marcada por uma realização de lucros mais intensa de modo a performar e rebalancear diversas carteiras globais de ações, em especial as de mercados emergentes, ou seja, um mero proforma mais voltado às cotas, o que pode trazer de volta os investidores ao risco.
O contexto mais positivo volta a se mostrar no mercado com as revisões de crescimento do PIB por parte da OCDE, a maioria acima das medições anteriores e com um crescimento global médio de 3,7% para 2021, bastante robusto considerando tal abrangência.
Outro ponto relevante é o pedido de utilização emergencial da vacina por parte da Moderna (NASDAQ:MRNA) nos EUA e a entrada no pedido hoje na União Europeia, ou seja, a última fase da vacina, após a fase 3 de estudos com 100% de eficiência.
A Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34) e a BioNTech (NASDAQ:BNTX) também deve entrar com o pedido nos próximos dias e abre espaço para o início da vacinação em janeiro, dentro de uma perspectiva mais realista, com ao menos 20 milhões de doses fornecidas inicialmente por cada empresa.
Ou seja, os motivos pelos quais fizeram de novembro um mês historicamente forte para as bolsas de valores mundiais se intensificaram na forma das vacinas funcionais que podem deter a pandemia, além de indicadores econômicos industriais na China e no Japão superando as expectativas.
Localmente, as atenções se voltam ao anúncio da Aneel de troca da bandeira tarifaria para vermelha, o que deve gerar um forte impacto marginal na inflação de dezembro, suscitando a nossa revisão do indicador, o qual deve adicionar ao IPCA ao menos 50 bp, concentrando o impacto em 2020.
Já vínhamos alertando sobre a possível mudança nas bandeiras tarifárias devido tanto ao aumento do consumo de energia da pandemia, como por conta da estiagem que atinge diversas localizações e reduz a capacidade das usinas.
Agora imagina-se que o movimento possa ter sido de alguma maneira coordenado com as equipes econômicas do governo, em especial o BC, de forma a concentrar o impacto somente neste ano, deixando 2021 alheio ao movimento marginal de alta no custo de energia.
Alguns efeitos indiretos poderão ser sentidos no próximo ano, porém são relativamente dispersos na cadeia produtiva. Entretanto, não acreditamos no que alguns analistas citam como efeito ‘deflacionário’ para o próximo ano, pois a troca de bandeira não estava necessariamente em todas as contas para 21.
No máximo, deve concentrar os efeitos agora e evitar maior impacto.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, no retorno dos mercados ao contexto positivo.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com mais dados positivos na China e Japão.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto minério de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, após a OPEP+ adiar as conversas sobre cortes de produção.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,75%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3583 / 0,40 %
Euro / Dólar : US$ 1,20 / 0,428%
Dólar / Yen : ¥ 104,37 / -0,096%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / 0,398%
Dólar Fut. (1 m) : 5358,21 / 0,47 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,22 % aa (-0,47%)
DI - Janeiro 23: 5,00 % aa (1,42%)
DI - Janeiro 25: 6,77 % aa (1,04%)
DI - Janeiro 27: 7,55 % aa (0,80%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,5213% / 108.893 pontos
Dow Jones: -0,9085% / 29.639 pontos
Nasdaq: -0,0582% / 12.199 pontos
Nikkei: 1,34% / 26.788 pontos
Hang Seng: 0,86% / 26.568 pontos
ASX 200: 1,09% / 6.589 pontos
ABERTURA
DAX: 0,935% / 13415,48 pontos
CAC 40: 1,021% / 5574,88 pontos
FTSE: 1,797% / 6378,79 pontos
Ibov. Fut.: -1,22% / 109193,00 pontos
S&P Fut.: -0,366% / 3623,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,698% / 12371,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,56% / 74,78 ptos
Petróleo WTI: 0,35% / $45,34
Petróleo Brent: 0,79% / $48,01
Ouro: 0,91% / $1.797,25
Minério de Ferro: -0,33% / ¥ $129,31
Soja: 0,09% / $1.171,00
Milho: 0,48% / $421,25
Café: -0,82% / $120,00
Açúcar: 0,28% / $14,54