Em oitavo lugar. Esta é a atual e inédita posição do Brasil no Ranking Mundial de Juros Reais.
A colocação inédita supera o recorde de 1,65% em dezembro de 2012, momento em que os juros foram ‘canetados’ a 7,25% aa e a projeção de inflação de 5,5% aa.
O corte de ontem de 50 bp, considerado agressivo, no qual foi mantida uma abertura para cortes consecutivos, ou seja, nos aprofundaremos numa taxa real e nominal historicamente baixa, foi concluído sem os parâmetros impostos pelo próprio Bacen.
O comitê cita os avanços na reforma como uma motivação importante, porém reitera aquilo que tem sido colocado desde a alteração do mandado em 2016: a necessidade da conclusão das reformas estruturantes, em especial da previdência.
A dúvida quanto à eficácia do corte na economia real ainda é grande, até por que, em teoria, os efeitos ocorrem entre 3 a 9 meses da decisão oficial e o efeito na redução do spread bancário e no custo de crédito não ocorrem em igual proporção desde que o afrouxamento começou e estacionou aos 6,5%
Era sim possível uma postura mais conservadora da autoridade monetária, para aguardar a constituição da reforma da previdência de maneira completa, porém o ‘clamor’ do mercado e das instituições falou mais alto e contrariando as premissas por ele mesmo mantidas, o BC optou pelo afrouxamento.
Nos EUA, apesar do corte de 25 bp por parte do FOMC e de uma expectativa positiva do evento, o discurso pós-decisão de Jerome Powell foi marcado por declarações contraditórias e ausência de um rumo concreto.
Neste caso, o corte pareceu satisfazer as demandas do presidente Trump e também da precificação do mercado, mas sem um sinal concreto dos avanços futuros da taxa.
Ou seja, nos EUA, está tudo bem, cortaram para manter tudo bem, mas não sabem se precisarão cortar mais.
Não era isso que o mercado queria ouvir, a demanda era por um sinal de um ciclo robusto de corte e sem recessão, o Fed não segue esta linha e deixou, ainda que não muito claro, esta premissa colocada nas declarações de Powell.
Na agenda corporativa, localmente Petrobrás, Hering (SA:HGTX3), Gol (SA:GOLL4), Grandene, Localiza (SA:RENT3) e OdontoPrev.
No exterior, Standard Chartered (LON:STAN), Shell, Verizon, DowDuPont, Siemens, Petrobras (SA:PETR4), Rio Tinto (LON:RIO), Enel (MI:ENEI), S&P, GM, BMW, ING, Mitsubishi, Kraft Heinz, Yum!, Thomson Reuters, Barclays (LON:BARC), Motorola, LSE, Kellog, Sogeral, MSCI, ArcelorMittal, Telecom Italia, Yamaha, Western Union, Konami, Mazda e Pirelli.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na ressaca das decisões de juros.
Na Ásia, o fechamento foi negativo, com os dados chineses de contração de manufaturas.
O dólar opera em alta forte contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque à prata.
O petróleo abre em queda, na frustração pelo rali do Fed.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de -7,82%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,8115 / 0,54 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,370%
Dólar / Yen : ¥ 109,06 / 0,257%
Libra / Dólar : US$ 1,21 / -0,502%
Dólar Fut. (1 m) : 3814,61 / 0,43 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,45 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,50 % aa (1,48%)
DI - Janeiro 23: 6,35 % aa (0,79%)
DI - Janeiro 25: 6,90 % aa (0,88%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,09% / 101.812 pontos
Dow Jones: -1,23% / 26.864 pontos
Nasdaq: -1,19% / 8.175 pontos
Nikkei: 0,09% / 21.541 pontos
Hang Seng: -0,76% / 27.566 pontos
ASX 200: -0,35% / 6.789 pontos
ABERTURA
DAX: 0,504% / 12250,53 pontos
CAC 40: 0,768% / 5561,26 pontos
FTSE: 0,221% / 7603,56 pontos
Ibov. Fut.: -1,13% / 101967,00 pontos
S&P Fut.: 0,158% / 2987,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,308% / 7891,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,66% / 78,41 ptos
Petróleo WTI: -1,30% / $57,82
Petróleo Brent:-1,05% / $64,37
Ouro: -0,46% / $1.407,29
Minério de Ferro: -1,36% / $115,55
Soja: -1,24% / $15,16
Milho: 0,56% / $402,00
Café: -1,66% / $98,10
Açúcar: -0,66% / $12,13