ÁSIA: A maioria dos mercados asiáticos perdeu terreno nesta sexta-feira, pesada pela queda dos preços das commodities e com investidores aguardando os dados laborais dos EUA.
O índice S&P/ASX 200 da Austrália caiu 0,68%, puxada pela queda no setor de recursos. A Rio Tinto (LON:RIO) perdeu 2,01%, a Fortescue recuou 3,02% e a BHP Billiton caiu 2,67%. Stocks de petróleo também recuaram, Santos caiu 3,02% e Woodside caiu 2,68%. As quedas do preço das commodities também pesaram sobre o dólar australiano, que atingiu seus níveis mais baixos desde janeiro.
Um aparente aperto financeiro na China exacerbou o sentimento "bearish" no mercado. O Índice Hang Seng de Hong Kong caiu 0,84%, enquanto no continente, o Shanghai Composite perdeu 0,77% para terminar em 3.103,36 pontos e o Shenzhen Composite recuou 1,24%.
Os mercados no Japão e Coreia do Sul ficaram fechados para o feriado do Dia das Crianças.
Dados dos EUA divulgados na quarta-feira mostraram que os estoques de petróleo bruto caíram 930 mil barris, ante expectativa de queda de 2,3 milhões de barris. Produtores dos EUA aproveitaram os preços mais altos deste ano para aumentar sua produção, além disso, fontes da OPEP disseram à Reuters que o cartel provavelmente não fará cortes na sua produção. Alguns acreditam que isso acontece porque a Líbia e a Nigéria, membros da OPEP e isentos do acordo, aumentaram a produção mais do que o previsto.
Na quinta-feira o petróleo atingiu as mínimos de cinco meses, com os futuros do US West Texas Intermediate (WTI) terminando 4,8% menor e os futuros do Brent recuaram 5%, enquanto na Ásia, os preços do petróleo apagaram os ganhos iniciais para estender as perdas. Segundo analistas, os preços do petróleo caíram abaixo dos níveis de antes da OPEP instituir um teto de produção.
EUROPA: Os mercados europeus abriram em queda na manhã desta sexta-feira, à medida que a queda dos preços do petróleo pesam sobre o sentimento dos investidores. O pan-europeu Stoxx 600 cai 0,14%, com a maioria de setores sendo negociado em território negativo.
O índice de ações da Europa deve fechar a semana no maior nível desde agosto de 2015, impulsionado por uma série de balanços bem sucedidos. O referencial pan-europeu subiu 3,1% no mês passado, graças, em parte, às apostas de que os eleitores franceses elegerão o candidato Emmanuel Macron na eleição presidencial de domingo e rejeitarão a candidata de extrema-direita Marine Le Pen, que ameaça tirar a França da União Europeia.
No Reino Unido, o FTSE 100 abriu em queda mas recupera e opera em território positivo. As mineradoras listadas na LSE recuperam parte das recentes perdas nesta sexta-feira. Anglo American (LON:AAL) sobe 1,3%, Antofagasta (LON:ANTO) avança 0,4%. Entre as gigantes BHP Billiton sobe 0,7% e Rio Tinto avança 1%.
O PMI final de serviços da zona do euro de Abril subiu para 56,4, ante uma estimativa de 56,2 e maior que 56 de março. O PMI composto veio dentro da expectativa, em 56,8 e acima dos 56,4 de março e marcando uma alta de seis anos. Uma leitura acima de 50 mostra sinais de expansão na economia. Os dados da pesquisa provavelmente ajudará a elevar as expectativas sobre o crescimento econômico da zona do euro em 2017 e aumentará a especulação de que o BCE se tornará mais agressiva em suas decisões neste ano.
EUA: Os futuros de ações americanos negociam com uma margem apertada nesta sexta-feira, com ganhos sendo limitados pela volatilidade dos preços do petróleo, à medida que os investidores esperam o tão aguardado relatório mensal dos empregos dos EUA.
As perdas para o setor de energia pesaram sobre os papeis na quinta-feira, quando os preços do petróleo bruto caíram quase 5% devido a preocupações com a oferta global e analistas acreditam que os preços devem permanecer voláteis nesta sexta-feira. A próxima pista para a direção dos preços do petróleo poderia vir da Baker Hughes, que irá informar o número de plataformas de perfuração de petróleo ativas nos EUA nesta sexta-feira. A contagem sobe a 15 semanas seguidas, aumentando a preocupação com o excesso mundial de petróleo.
Na agenda, várias autoridades do Federal Reserve estão programados para falar na sexta-feira, começando com o vice-presidente do Fed, Stanley Fischer, durante a conferência sobre política monetária da Hoover Institution, na Universidade de Stanford às 12h30. O presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, o presidente do Fed, Eric Rosengren, e o presidente do Fed, James Bullard, devem participar de uma mesa-redonda na conferência às 14h30. Finalmente, a presidente do Fed, Janet Yellen, deve falar sobre "125 anos de participação das mulheres na economia" na Brown University, também às 14h30.
AGENDA DO INVESTIDOR EUA:
9h30 - Relatório de Emprego, composto por: Unemployment Rate (taxa de desemprego), Nonfarm Payrolls (pesquisa realizada em cerca de 375 mil empresas, que mostra o número de empregos gerados na economia, excetuando-se agricultura e pecuária), Average Workweek (média de horas trabalhadas por semana) e Hourly Earnings (média de remunerações por hora trabalhada);
12h30 - Discurso do vice-presidente do Fed Stanley Fischer;
14h30 - Discurso da Chairwoman do Fed Janet Yellen;
14h30 - Discurso do membro do FOMC e Presidente do Federal Bank de Chicago, Charles Evans;
16h00 - Consumer Credit (mede o total de crédito ao consumidor).
ÍNDICES FUTUROS - 9h00:
Dow: -0,08%
SP500: +0,03%
NASDAQ: +0,02%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.