O mês de outubro de 2023 foi marcado pelo início do conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, o que em um primeiro momento ditou o ritmo dos mercados internacionais, com aversão a risco. Os preços do petróleo foram os mais voláteis desde então – avaliações sobre uma escalada da guerra, com possível envolvimento de países produtores da commodity, faziam os preços subirem, enquanto sinais de negociação pelo fim do conflito, baixarem. No acumulado do mês, o petróleo registrou queda, com perdas de 10,30% do WTI e de 6,77% do Brent.
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Mas as preocupações em relação à economia global – em especial a dos Estados Unidos – também estiveram no foco dos mercados. Neste mês foram conhecidos indicadores como o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, que subiu 0,4% em setembro ante agosto, um pouco acima da mediana prevista pelo Projeções Broadcast (+0,3%), além de avanços nas vendas do varejo e na produção industrial, enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) americano cresceu ao ritmo anualizado de 4,9% no terceiro trimestre de 2023, segundo estimativa inicial.
Os dados considerados fortes na maior economia no mundo levantam dúvidas sobre a continuidade e intensidade do ciclo de aperto de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Assim, em um mês que contou também com o início de mais uma temporada de divulgação de balanços trimestrais e a força dos rendimentos dos Treasuries – os títulos do Tesouro americano – nos vencimentos mais longos, as bolsas de Nova York acumularam baixa: o Dow Jones fechou em queda de 1,36%, o S&P 500 caiu 2,20% e o Nasdaq recuou 2,78%.
Por aqui, os mercados acompanharam em boa parte o humor externo, mas a divulgação de indicadores, o andamento de pautas econômicas no Congresso e a questão fiscal também foram monitorados. O último ponto voltou à pauta com força total e causou a deterioração dos ativos locais nos últimos dias, em um entendimento de que há um cabo de guerra entre o Palácio do Planalto e o Ministério da Fazenda sobre a meta de déficit primário zero no ano que vem. Assim, o Ibovespa terminou outubro acumulando uma perda de 2,94%. Já o dólar à vista termina com ganhos de 0,29% no período, longe dos níveis vistos no início do mês, quando chegou a R$ 5,15, e fechando abaixo de R$ 5 em apenas 2 dos 21 pregões.
Também no radar, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou setembro com alta de 0,26%, abaixo da mediana das previsões de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast (+0,32%), enquanto o IPCA-15 subiu 0,21% em outubro, dentro do previsto. Apenas com o segundo indicador a percepção benigna sobre a desaceleração da inflação apoiou a queda no mercado de juros local na sessão do dia, uma vez que com o primeiro a cautela pré-feriado do Dia de Nossa Senhora Aparecida e um ajuste nas apostas para a Selic levaram ao avanço das taxas. De modo geral, foram os Treasuries em alta que pressionaram os contratos de Depósito Interfinanceiro (DI) neste mês.
Fonte: Broadcast
→ Comportamento dos Ativos
O mês de outubro de 2023 foi de perdas para os ativos de risco na Renda Fixa, como os Prefixados e IPCA+ mais longos. Foi um mês de aberturas nas Taxas de Juros.
Com exceção do IDA-DI, todos os ativos de Renda Fixa das carteiras renderam abaixo do CDI
Os ativos de Crédito Privado atrelados ao CDI – IDA DI renderam (1,26% no mês) superando o CDI → 1,15%.
O IDA-DI refletiu mais um mês fechamento dos spreads dos títulos.
Destaques para os rendimentos negativos no mês para o IPCA+ de 5 anos -1,06% e IPCA+ de 20 anos -1,16%.
As Curvas de Juros seguem invertidas (Taxa CDI (12,65% a.a. em outubro) maior que as Taxas de vencimentos superiores, logo o carregamento de ativos segue negativo) e pesa sobre os retornos dos ativos Prefixados e IPCA+ quando comparados ao CDI.
A parte de inflação dos títulos IPCA+, o VNA IPCA, rendeu 0,24% no mês de outubro.
O Ibovespa desvalorizou-se -2,94% e o Dólar rendeu +1,00%.
Curvas de Juros de Títulos Públicos Anbima ( ETTJ Svensson)
Prefixados
IPCA+
Resultados das Carteiras de Renda Fixa
Carteira de Renda Fixa Conservadora
Carteira Conservadora de Renda Fixa
O perfil Conservador obteve um retorno no mês de 0,91% (90,72% do CDI).
Os ativos de Crédito Privado atrelados ao CDI – IDA DI renderam (1,26% no mês) o CDI → 1,15%. Foi o único que superou o CDI no mês.
Chama a atenção o retorno negativo do IPCA+ de 2 anos -0,42%.
A parte de inflação dos títulos IPCA+, o VNA IPCA, rendeu 0,24% no mês de outubro.
Carteira de Renda Fixa Moderada
O perfil Moderado obteve um retorno no mês de 0,42% (42,23% do CDI).
Os ativos de Crédito Privado atrelados ao CDI – IDA DI renderam (1,26% no mês) o CDI → 1,15%. Foi o único que superou o CDI no mês.
Chama a atenção os ativos de Renda Fixa com retornos negativos: IPCA+ de 5 anos -1,06% e IPCA+ de 10 anos -1,03%.
A parte de inflação dos títulos IPCA+, o VNA IPCA, rendeu 0,24% no mês de outubro.
Carteira de Renda Fixa Arrojada
Carteira Arrojada de Renda Fixa
O perfil Arrojado de Renda Fixa obteve um retorno no mês de 0,10% (10,13% do CDI).
Os ativos de Crédito Privado atrelados ao CDI – IDA DI renderam (1,26% no mês) o CDI → 1,15%. Foi o único que superou o CDI no mês.
Chama a atenção os ativos de Renda Fixa com retornos negativos: Prefixado 5 anos -0,35% o IPCA+ de 5 anos -1,06% e IPCA+ de 20 anos -1,16%.
A parte de inflação dos títulos IPCA+, o VNA IPCA, rendeu 0,24% no mês de outubro.
Carteira de Renda Fixa + Renda Variável
O perfil RF + RV obteve um retorno no mês de -0,22% (-21,78% do CDI).
Os ativos de Crédito Privado atrelados ao CDI – IDA DI renderam (1,26% no mês) o CDI → 1,15%.
Chama a atenção os ativos de Renda Fixa com retornos negativos: Prefixado 5 anos -0,35% o IPCA+ de 5 anos -1,06% e IPCA+ de 20 anos -1,16%.
A parte de inflação dos títulos IPCA+, o VNA IPCA, rendeu 0,24% no mês de outubro.
O Ibovespa teve o pior retorno da carteira no mês desvalorizou-se -2,94%.
O Dólar rendeu +1,00%, sendo a melhor contribuição para a carteira.
A carteira RF e RV foi de a de pior rendimento em outubro de 2023.