Após o sucesso do mercado na ‘caça ao outubro vermelho’, reforça o ‘modo total eleições’ no último dia do pleito majoritário nos EUA, sem praticamente nenhuma definição do próximo ocupante da Casa Branca.
O pleito nos EUA traz em jogo muito mais do que simplesmente a alternância ou não de poder.
São mudanças profundas na condução da política externa americana, em especial relacionado à China e ao comércio internacional, impostos e uma disputa por modelo conservador e ‘progressista’ em debate.
Para o Brasil, ainda que a relação dos presidentes soe positiva, pouco avançamos nas pautas por nós pretendidas, em especial a questão da abertura comercial entre os países.
Durante o período, mantivemos uma balança muito mais ativa com a China do que com os EUA e acordos como o 5G parecem prosperar mais do que aparenta a retórica do executivo.
Caso ocorra uma vitória democrata, a dúvida é se o Brasil irá manter tal pragmatismo velado, apesar da aparência na superfície de total aproximação a Trump.
Seria uma guinada da atual retórica, mas traria uma série de desafios ao governo Bolsonaro, em especial ligados a temas que um possível governo democrata se concentraria mais, como a questão do meio ambiente.
A semana não somente tem a definição das eleições nos EUA, como uma agenda micro e macroeconômica pesada.
Localmente, as atenções se voltam hoje à ata da última reunião do COPOM e os possíveis sinais do porquê da última decisão considerava dovish pelos analistas, mesmo por aqueles que apoiam os movimentos recentes da autoridade monetária.
Além disso, temos IPCA e IGP-DI, ambos com sinais constantes de inflação, com leve refreio do atacado e pressão renovada do varejo, a produção industrial, a qual deve demonstrar um crescimento marginal e absoluto da atividade econômica no Brasil e a balança comercial, com mais um considerável superávit.
No exterior, o mercado de trabalho americano é o foco, além de uma extensa série global de ISMs e PMIs e a decisão dos juros no Reino Unido.
Tudo isso permeado por uma série de países adotando os lockdowns na Europa em meio à chegada da temporada de gripes com o outono.
Só que desta vez, a inquietação social no hemisfério norte está se elevando em escala, conforme as pessoas se revoltam com soluções que se mostraram falíveis.
Na agenda corporativa, temos global: Aramco (SE:2222), Bayer, BNP Paribas (PA:BNPP), Thomson Reuters, Ferrari, Prudential (LON:PRU) e local: Banco do Brasil (SA:BBAS3), BB Seguridade (SA:BBSE3), Iochpe-Maxion (SA:MYPK3), IRB Brasil (SA:IRBR3), Itaú Unibanco (SA:ITUB4), Klabin (SA:KLBN11), Marcopolo (SA:POMO4), Minerva (SA:BEEF3), Movida (SA:MOVI3), Porto Seguro (SA:PSSA3) e Tim (SA:TIMS3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com as eleições nos EUA em andamento.
Em Ásia-Pacífico, dia positivo: corte de juros na Austrália e eleições nos EUA
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto o minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, de olho nas eleições.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -3,56%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,7444 / -0,60 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / 0,438%
Dólar / Yen : ¥ 104,68 / -0,029%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,503%
Dólar Fut. (1 m) : 5749,88 / -0,26 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,34 % aa (0,23%)
DI - Janeiro 23: 5,05 % aa (1,61%)
DI - Janeiro 25: 6,78 % aa (1,04%)
DI - Janeiro 27: 7,57 % aa (0,93%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,7229% / 93.952 pontos
Dow Jones: 1,5978% / 26.925 pontos
Nasdaq: 0,4218% / 10.958 pontos
Nikkei: 1,39% / 23.295 pontos
Hang Seng: 1,96% / 24.940 pontos
ASX 200: 1,93% / 6.066 pontos
ABERTURA
DAX: 1,985% / 12022,28 pontos
CAC 40: 2,174% / 4793,14 pontos
FTSE: 1,781% / 5755,71 pontos
Ibov. Fut.: -2,66% / 94042,00 pontos
S&P Fut.: 1,106% / 3344,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,954% / 11167,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,80% / 72,70 ptos
Petróleo WTI: 3,75% / $38,26
Petróleo Brent: 2,44% / $40,35
Ouro: 0,20% / $1.898,71
Minério de Ferro: -0,69% / ¥ $117,69
Soja: 1,09% / $1.063,75
Milho: 1,07% / $402,00
Café: 0,68% / $103,55
Açúcar: -0,07% / $15,02