CENÁRIO MACROECONÔMICO
Em vista ao corte de juros por parte do COPOM, conforme citamos em relatório, alteramos nossa perspectiva de cortes para 7,5% aa em 2017, porém mantemos a perspectiva do corte para os 6,5% aa em 2018.
A base para este panorama se fixa, além dos parâmetros de inflação abaixo das expectativas conforme explicitado no IPCA de agosto, na aprovação de diversas reformas importante no congresso, entre elas a TLP e a possibilidade de maiores avanços com as mudanças do cenário político.
Conforme indicado por alguns interlocutores em Brasília, a emblemática reforma da previdência pode sim ser retomada ainda este ano, mesmo que em uma versão que necessite de “anexos” futuros e dá espaço para a continuidade dos cortes de juros.
Isso ocorre, pois, a atividade econômica, mesmo com perspectivas positivas para o próximo ano, só tem na política monetária o principal estímulo, num cenário econômico em parâmetros inéditos para tal afrouxamento.
CENÁRIO POLÍTICO
Entre as delações de Palocci, novos depoimentos e possível prisão dos Batista e o mea culpa de Janot em seus últimos dias da procuradoria, o cenário político brasileiro sofreu mais reviravoltas em uma semana do que qualquer roteirista do The House of Cards poderia imaginar.
Neste contexto, defensores de Lula dizem que o ato de Palocci é de desespero, porém a coerência entre seu depoimento e dos Odebrecht impressiona nos detalhes e complica ainda mais a vida de lula.
Com isso, os investidores começam a vislumbrar um cenário eleitoral em 2018 menos intenso e a possibilidade de um avanço de um candidato com viés reformista, ou seja, avançando as pautas até agora implantadas.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é sem rumo, com alta na sua maioria e os futuros em NY operam alta, com o sinal de que o BCE pode começar a reduzir o Quantitative Easing. Na Ásia, o fechamento foi negativo na sua maioria, com a balança comercial chinesa mais fraca.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas desde a abertura, enquanto os Treasuries operam com rendimento negativo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, o ouro retoma os ganhos com o dólar em queda e o minério de ferro cai, com a notícia da redução das importações em portos chineses, em resposta à oferta abundante nos estoques.
O petróleo abriu positivo em Londres e em NY, com os furacões agora na região da Florida.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,1002 / -0,55 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / 0,283%
Dólar / Yen : ¥ 107,44 / -0,931%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,786%
Dólar Fut. (1 m) : 3112,00 / -0,57 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,43 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,96 % aa (-1,97%)
DI - Janeiro 21: 8,95 % aa (-1,32%)
DI - Janeiro 25: 9,89 % aa (-1,20%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,75% / 73.412 pontos
Dow Jones: -0,10% / 21.785 pontos
Nasdaq: 0,07% / 6.398 pontos
Nikkei: -0,63% / 19.275 pontos
Hang Seng: 0,53% / 27.668 pontos
ASX 200: -0,30% / 5.673 pontos
ABERTURA
DAX: 0,049% / 12302,67 pontos
CAC 40: -0,182% / 5105,33 pontos
FTSE: -0,419% / 7365,99 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 74015,00 pontos
S&P Fut.: 0,000% / 2466,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,260% / 5954,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,08% / 85,54 ptos
Petróleo WTI: -0,43% / $48,88
Petróleo Brent:0,35% / $54,68
Ouro: 0,31% / $1.353,34
Minério de Ferro: -1,19% / $75,36
Soja: 0,05% / $18,40
Milho: 0,51% / $343,50
Café: 1,03% / $127,90
Açúcar: -0,07% / $14,01