Os mercados internacionais estão em um misto de correção dos ativos, reacao a balanços corporativos acima das expectativas e à cena política, onde as pressões por novas rodadas de programas de alívio à pandemia, tudo isso em nível global e local.
Por aqui, aparentemente o ministro Paulo Guedes jogou a toalha e deve embarcar em alguma fórmula para a criação de mais uma rodada de vouchers, aparentemente, junto à criação de um conselho fiscal e dentro de uma PEC emergencial, de forma a não incorrer em risco de responsabilidade.
A pressão da ala política ganhou nova força, principalmente após a vitória em ambas as casas legislativas e agora chegou a conta.
A independência do Banco Central em discussão urgente no congresso será a medida para se entender o quanto poderiam avançar as reformas, em meio ao novo ataque ao fiscal.
Se as situações rodarem em paralelo, é possível que algum nível de anuência ainda ocorra no mercado, o qual opera pragmaticamente desde a vitória do planalto nas eleições legislativas.
O grande porém é o exíguo tempo, orçamento e espaço para se realizar tais proezas, dado que 2022 está batendo à porta em termos políticos e a busca por uma solução populista se torna cada vez mais atraente aos políticos.
É neste contexto fiscal desafiador que o pretenso alívio do IPCA na primeira medida do ano, fortemente influenciado por energia elétrica, possa ter sido temporário não somente pela série de pressões de preços em vista, mas também pelos efeitos de uma piora ainda maior do quadro fiscal brasileiro.
No exterior, entre um processo de impeachment que tenta retirar os direitos políticos de Trump, mas deve falhar no senado pela ausência de maioria e na busca por um pacote de $ 1,9 trilhões, crescem as dúvidas do potencial inflacionário de novas rodadas de estímulos e como o Fed deva lidar com isso.
Após muito tempo, se fala em inflação nos EUA, porém, de maneira sincera, dificilmente isso ocorrerá nos próximos dois anos.
Atenção aos balanços de Toyota Motor (NYSE:TM) (SA:TMCO34), Coca-Cola (NYSE:KO) (SA:COCA34), Uber (NYSE:UBER) (SA:U1BE34), MercadoLibre (NASDAQ:MELI) (SA:MELI34), General Motors (NYSE:GM) (SA:GMCO34), CME (NASDAQ:CME) (SA:CHME34), Heineken (AS:HEIN), Deutsche Börse, Société Générale (PA:SOGN), Bunge (NYSE:BG).
Localmente, Klabin (SA:KLBN11), Totvs (SA:TOTS3) e IRB (SA:IRBR3).
Na agenda macro, vendas no varejo no Brasil e CPI, inflação ao varejo nos EUA.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, entre uma possível correção de alguns ativos e balanços.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com China
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam sem rumo em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com redução dos estoques globais.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,74%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3825 / 0,47 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / 0,025%
Dólar / Yen : ¥ 104,70 / 0,115%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / 0,195%
Dólar Fut. (1 m) : 5381,60 / 0,19 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,31 % aa (-0,35%)
DI - Janeiro 23: 4,99 % aa (0,81%)
DI - Janeiro 25: 6,46 % aa (1,25%)
DI - Janeiro 27: 7,11 % aa (1,14%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1878% / 119.472 pontos
Dow Jones: -0,0316% / 31.376 pontos
Nasdaq: 0,1434% / 14.008 pontos
Nikkei: 0,19% / 29.563 pontos
Hang Seng: 1,91% / 30.039 pontos
ASX 200: 0,52% / 6.857 pontos
ABERTURA
DAX: -0,116% / 13995,50 pontos
CAC 40: -0,035% / 5689,53 pontos
FTSE: 0,198% / 6544,52 pontos
Ibov. Fut.: -0,31% / 119369,00 pontos
S&P Fut.: -0,067% / 3905,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,468% / 13736,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,06% / 83,72 ptos
Petróleo WTI: 0,34% / $58,68
Petróleo Brent: 0,43% / $61,50
Ouro: 0,16% / $1.842,25
Minério de Ferro: 1,00% / ¥ $158,15
Soja: -0,46% / $1.395,00
Milho: -1,30% / $549,00
Café: 0,20% / $123,10
Açúcar: 0,18% / $16,52