Mais uma vez, o tema continua monótono para a reação dos investidores desde que se deflagrou a crise viral na China: perda de ímpeto no número de casos e o petróleo.
Com maiores detalhes, a Opep(+) indicou a possibilidade de um corte que pode alcançar 20 milhões de barris por dia, aliviando a pressão negativa de preço sob a commodity. Ainda assim, os detalhes do acordo são estranhos quanto à possibilidade de saída de alguns dos países, em especial a Rússia.
Todavia, o petróleo ainda não ganhou ímpeto de alta, o que nos atuais patamares, atinge diretamente os produtores de gás de shale nos EUA e já leva a uma série de falências.
Para a redução da produção mundial, isto é positivo, porém o setor de petróleo e gás americano foi “mortalmente ferido” no processo.
Se esta era a intensão dos grandes produtores mundiais, a missão foi cumprida com sucesso, o que não exime o retorno destes mesmos produtores em níveis mais vantajosos, como tipicamente ocorre na economia americana.
Por fim, tal movimento evidencia algo importante, pois dificilmente o petróleo terá ímpeto para ultrapassar fortemente os US$ 50 o barril, em especial com a mudança das matrizes energéticas no mundo.
A temporada de balanços corporativos começa hoje, com os números do JPMorgan Chase, Wells Fargo e Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) pela manhã.
Os primeiros resultados darão aos investidores uma noção de quão devastador o impacto para as empresas poderia ser da pandemia.
Já a pandemia dá sinais de redução de ímpeto em diversos países, com os números atingindo platôs no hemisfério norte, ainda que na China e países asiáticos, uma possível segunda onda leva a ajustes por parte dos governos com mais um isolamento temporário.
Localmente, os efeitos macroeconômicos já são sentidos, com entidades empresariais indicando o fechamento de diversas empresas, ao menos 600 mil entre micro e pequenas, com a tendência ainda a ser medida nos índices de desemprego e atividade econômica.
Por isso a menor importância do IBC-Br divulgado hoje.
O resultado da crise pandêmica ainda cobrará seus preços nos mercados e mesmo tal reação de curto prazo precisa ser observada com considerável cautela, pois os efeitos devastadores do vírus na economia trarão certamente respostas dos investidores, assim como dúvidas sobre a capacidade das economias de reverterem tais efeitos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após o acordo da OPEP e na expectativa por balanços.
Na Ásia, fechamento positivo com exportações da China em dólar caindo menos do que o esperado (-6,6% vs -14%).
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque à prata.
O petróleo abriu em queda, mesmo com o acordo da OPEP(+).
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,80%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,199 / 1,76 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,238%
Dólar / Yen : ¥ 107,47 / -0,269%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / 0,176%
Dólar Fut. (1 m) : 5178,80 / 1,50 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,76 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,89 % aa (-2,59%)
DI - Janeiro 25: 6,54 % aa (-1,36%)
DI - Janeiro 27: 7,40 % aa (-0,67%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,4854% / 78.836 pontos
Dow Jones: -1,3854% / 23.391 pontos
Nasdaq: 0,4765% / 8.192 pontos
Nikkei: 3,13% / 19.639 pontos
Hang Seng: 0,56% / 24.435 pontos
ASX 200: 1,87% / 5.488 pontos
ABERTURA
DAX: 1,053% / 10675,93 pontos
CAC 40: -0,021% / 4505,89 pontos
FTSE: -0,545% / 5810,83 pontos
Ibov. Fut.: 1,28% / 78893,00 pontos
S&P Fut.: 1,055% / 2788,30 pontos
Nasdaq Fut.: 1,351% / 8441,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,11% / 63,45 ptos
Petróleo WTI: -1,52% / $22,08
Petróleo Brent: -0,91% / $31,46
Ouro: 0,27% / $1.720,31
Minério de Ferro: 0,59% / $83,84
Soja: -0,29% / $852,00
Milho: 0,00% / $331,50 $331,50
Café: -0,08% / $119,65
Açúcar: 0,10% / $10,18