Conforme previmos, o recado do COPOM foi duro, direto, endereçou os principais problemas do país, uma inflação de núcleo ainda presente e a necessidade de um mínimo de previsibilidade para então, ser possível, reverter a atual política monetária vigente, a qual, mesmo estável, é de aperto.
Para o governo, resta apresentar um plano fiscal que, primeiramente, seja aprovado pelo congresso, pois da maneira em que as coisas estão sendo apresentadas, dá-se a impressão que é simplesmente apresentar o plano e pô-lo em prática e não é.
Outro ponto é tentar harmonizar dentro do governo as expectativas em relação aos gastos, pois desde o abertamente declarado “gasto é vida” de Dilma, o governo parece não ter aprendido a essencial lição de que nestes moldes, isso pode criar o efeito contrário ao esperado, ou seja, recessão.
“A bola está do lado do governo” é a frase alusiva ao vôlei mais citada neste momento, pois demonstra que, para marcar o ponto, o governo deve fazer o que é minimamente correto e “não deixar a bola cair”.
Serenidade e Paciência, diz o BC.
O atual governo está em um ritmo extremamente lento para as demandas do país; diferente do passado, deu largada no novo mandado sem planos econômicos prontos e tentando aprovar um waiver de gastos por 4 anos, sem nenhuma aderência congressual; e somente no terceiro mês, deixou as polêmicas regressivas de reformas de lado.
No exterior, as atenções se voltam novamente à série de indicadores econômicos que pode definir a velocidade com que o Fed e outros bancos centrais de economias desenvolvidas resolverão o imbróglio de seus apertos monetários.
Nos EUA, a sessão de ontem teve uma série de dados difusa, com foco na confiança do consumidor acima das expectativas, melhora nos estoques ao atacado e varejo, queda marginal no preço de imóveis em 20 cidades e indicadores de atividade dos Feds regionais em contração, com manufatura de Richmond acima das expectativas
Hoje se destacam somente os dados de vendas de imóveis pendentes nos EUA e no Brasil, a nota para imprensa do Banco Central para o setor de crédito e endividamento federal.
Atenção hoje ao depoimento de Michael Barr, do Fed hoje sobre a situação dos bancos após os eventos do Silicon Valley Bank (SVB).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, como reação ao cenário mais calmo e na Europa, o retorno de Sergio Ermotti como CEO do UBS e agora, CS.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, puxado por Alibaba (NYSE:BABA), o qual beneficiou ações de empresas de tecnologia.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, alta no minério de ferro e cobre.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com investidores observando o risco da oferta curda.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -3,71%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1667 / -0,62 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,092%
Dólar / Yen : ¥ 131,84 / 0,718%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / 0,008%
Dólar Fut. (1 m) : 5170,00 / -0,91 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,16 % aa (0,75%)
DI - Janeiro 25: 12,01 % aa (1,05%)
DI - Janeiro 26: 11,99 % aa (0,70%)
DI - Janeiro 27: 12,17 % aa (0,23%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,5196% / 101.185 pontos
Dow Jones: -0,1166% / 32.394 pontos
Nasdaq: -0,4483% / 11.716 pontos
Nikkei: 1,33% / 27.884 pontos
Hang Seng: 2,06% / 20.192 pontos
ASX 200: 0,23% / 7.050 pontos
ABERTURA
DAX: 0,782% / 15260,39 pontos
CAC 40: 1,124% / 7168,04 pontos
FTSE: 0,683% / 7535,33 pontos
Ibov. Fut.: 1,52% / 101670,00 pontos
S&P Fut.: 0,86% / 4035,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,834% / 12839,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,31% / 104,69 ptos
Petróleo WTI: 1,05% / $73,97
Petróleo Brent: 0,79% / $79,27
Ouro: -0,28% / $1.967,92
Minério de Ferro: 1,46% / $123,05
Soja: -0,07% / $1.467,25
Milho: 0,12% / $648,25
Café: 0,43% / $174,50
Açúcar: -0,23% / $21,26