Passado o rali um tanto sem motivo de segunda-feira, o mercado retorna com notícias importantes no âmbito político, após a alta do presidente Trump para se tratar na Casa Branca do COVID-19 e a paz selada entre o Congresso e a equipe econômica.
Trump, obviamente, aproveitou a doença e desfilou em frente a seus apoiadores em Washington, dizendo para as pessoas não se deixarem abater por ela e tudo aquilo que se esperava do presidente americano.
Porém, mais importante que a alta de Trump é a possibilidade de um acordo do pacote de alívio da pandemia nos EUA, com democratas mais afáveis a ceder aos pontos dos republicanos, ao verem Biden com larga margem à frente de Trump nas pesquisas pós-debate.
Apesar do resultado discutível da pesquisa, que contava proporcionalmente com mais democratas do que republicanos, este pode ser um ponto importante de virada nas discussões dos estímulos, pois como no Brasil, a intenção inicial é de que a distribuição de recursos nos atuais volumes não ultrapassem 2020.
Localmente, a paz selada entre o legislativo e a equipe econômica parece trazer o alento necessário para além da questão de governabilidade de curto prazo, mas especialmente, para o avanço das reformas estruturantes, a principal e insistente demanda do ministro Paulo Guedes.
Maia fez um mea culpa e inclusive disse que o ministro foi um dos que mais o ajudou no governo, deixando de lado as rusgas recentes e trocas de farpas, principalmente quando Maia acessou constantemente membros da equipe econômica, sem consultar Guedes antes.
Neste contexto, o que realmente importa é a perspectiva de avanço das reformas e de uma responsabilidade fiscal coerente, pois o baixo nível da discussão política recente tem sido um elemento a mais de volatilidade no mercado financeiro, afastando o investidor internacional de potenciais investimentos de longo prazo e levando o local ao hedge cambial.
O governo agora parece tomar uma postura mais conciliadora, longe do forte conflito observado especialmente nos primeiros meses de governo e após uma longa curva de aprendizado, a busca pela pacificação dos poderes terá seu principal teste no avanço congressual das reformas e de propostas que na firam o teto dos gastos. Se isso não acontecer, retornamos à estaca zero.
Em se tratando de Brasil, tudo é possível.
Dia de agenda macro vazia.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, após o rali das bolsas com a alta de Trump.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos com a manutenção de juros na Austrália.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas generalizadas, exceção ao cobre.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, após sinais otimistas dos médicos de Trump.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,32%.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5781 / -1,87 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,026%
Dólar / Yen : ¥ 105,56 / -0,170%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / 0,039%
Dólar Fut. (1 m) : 5571,84 / -1,57 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,98 % aa (2,84%)
DI - Janeiro 23: 4,67 % aa (-3,71%)
DI - Janeiro 25: 6,51 % aa (-2,98%)
DI - Janeiro 27: 7,44 % aa (-2,11%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,2055% / 96.089 pontos
Dow Jones: 1,6827% / 28.149 pontos
Nasdaq: 2,3248% / 11.332 pontos
Nikkei: 0,52% / 23.434 pontos
Hang Seng: 0,90% / 23.981 pontos
ASX 200: 0,34% / 5.962 pontos
ABERTURA
DAX: -0,029% / 12824,57 pontos
CAC 40: 0,109% / 4877,20 pontos
FTSE: -0,404% / 5918,96 pontos
Ibov. Fut.: 2,52% / 96120,00 pontos
S&P Fut.: 1,608% / 3392,90 pontos
Nasdaq Fut.: -0,373% / 11416,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,41% / 71,33 ptos
Petróleo WTI: 0,92% / $39,50
Petróleo Brent: 0,87% / $41,67
Ouro: 0,00% / $1.912,55
Minério de Ferro: 2,79% / ¥ $121,03
Soja: 0,73% / $1.029,00
Milho: 0,33% / $380,50
Café: 0,47% / $107,50
Açúcar: -0,15% / $13,60