17/8/1945 - 23/02/2022
A reação dos investidores globais à concretização dos ataques russos à Ucrânia e à consequente escalada dos eventos não poderia ser diferente, com ativos altamente voláteis, incertezas e temores de piora daquilo que já está ruim.
Os temores de piora dos eventos atinge de perto as commodites, dada a representatividade da Ucrânia na produção global de milho (16%) e de trigo (10%) e obviamente, os custos de energia, com pressão de preços de petróleo globalmente e de gás natural na Europa.
Bancos Centrais globais, já pouco afáveis à retirada dos estímulos e apertos monetários se mexem para aguardar a conclusão dos eventos, mas citam a possível necessidade de não retomar os apertos e manter a liquidez ao sistema, ou seja, o derrame de dinheiro na economia.
Tudo isso opera como se os eventos bélicos fossem desinflacionários, sendo que no caso atual é o oposto, pois atinge elementos fulcrais no atual momento, como energia e alimentos, com potencial de piorar e muito a situação da inflação mundial.
Com limitado conhecimento, podemos supor que, dada a relativa e demorada fraqueza mundial de resposta ao evento ucraniano, os próximos passos de Putin devem sem concentrar em caçar (quase que literalmente) aqueles não simpáticos ao seu regime e instalar um governo fantoche no seu lugar.
A desculpa usual serão os grupos neonazistas que existem no país e na verdade respondem politicamente por uma parcela pequena da representação populacional, porém o fato de poderem existir abre espaço para a retorica.
Instalado o regime simpático à Rússia, Putin pode retirar as tropas, com o novo governo “de coalisão e pela paz” aceitando a independência das províncias rebeldes e da Crimeia, sepultando a entrada na OTAN.
Antigas repúblicas soviéticas dariam o aval e Putin “sairia” do país, cumprindo seus objetivos e o resto do mundo continuaria a sancionar o país, mas tende a recuar, dada a necessidade europeia pelo gás russo.
A agenda hoje reserva o IGP-M no Brasil, com pressões ainda constantes do atacado, também os dados do setor público consolidado, após o superávit consistente de janeiro do governo central, enquanto nos EUA, os desagregados do PIB americano, juntamente à inflação do PCE pedidos de bens duráveis.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com o ápice das tensões russo-ucranianas.
Em Ásia-Pacífico, mercados retornam positivos, apesar da continuidade os eventos na Eurásia.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao cobre.
O petróleo abre em leve alta em Londres e Nova York, dada a escalada dos eventos na Ucrânia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,48%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1179 / 2,23 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,125%
Dólar / Yen : ¥ 115,35 / -0,165%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / -0,030%
Dólar Fut. (1 m) : 5137,73 / 2,71 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 12,44 % aa (0,12%)
DI - Janeiro 24: 11,95 % aa (0,93%)
DI - Janeiro 26: 11,25 % aa (1,17%)
DI - Janeiro 27: 11,29 % aa (1,07%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,3711% / 111.592 pontos
Dow Jones: 0,2779% / 33.224 pontos
Nasdaq: 3,3450% / 13.474 pontos
Nikkei: 1,95% / 26.477 pontos
Hang Seng: -0,59% / 22.767 pontos
ASX 200: 0,10% / 6.998 pontos
ABERTURA
DAX: 1,197% / 14220,27 pontos
CAC 40: 1,486% / 6617,98 pontos
FTSE: 1,780% / 7335,66 pontos
Ibov. Fut.: -0,29% / 112718,00 pontos
S&P Fut.: -0,58% / 4259 pontos
Nasdaq Fut.: -0,428% / 13901,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -1,25% / 113,83 ptos
Petróleo WTI: -0,36% / $92,48
Petróleo Brent: 0,35% / $99,43
Ouro: 0,22% / $1.907,89
Minério de Ferro: -0,09% / $142,66
Soja: -1,20% / $1.641,50
Milho: -1,76% / $682,75
Café: -3,72% / $239,35
Açúcar: -1,31% / $18,07