Último pregão do ano, com o mercado local atento aos movimentos da política, onde os sinais, ainda que mínimos de austeridade sustentam um descolamento das bolsas internacionais, puxadas para baixo principalmente por empresas de tecnologia.
O ano fecha com a inflação do IGP-M, em níveis muito mais confortáveis do que aqueles observados nos últimos dois anos, dados do setor público consolidado, com déficits considerados administráveis e um possível fechamento anual positivo, conforme indicam os dados mais recentes.
Em resumo, o novo governo recebe novamente uma situação macroeconômica mais positiva do que entregou em momentos passados, com a possibilidade de propostas de ancora fiscal, como a proposta por Guedes ser discutida no congresso.
É o cenário do centrão como força política aglutinadora e como um freio para um fiscal descontrolado, vindo das pretensões do novo governo, claramente demonstradas na tentativa de se passar a PEC de transição por 4 anos.
Aguarda-se para hoje também a composição do novo ministério e o anúncio das forças políticas que devem compor o governo a partir da próxima semana, porém sem grandes expectativas de mudança na relação do executivo com o parlamento.
Neste cenário, a percepção mínima de um fiscal menos atribulado já se reflete no fechamento da curva de juros, no câmbio e no ânimo do mercado de renda variável, descolado do exterior.
Um ano pesado em todos os aspectos, com guerras, lockdowns, elevações de juros no mundo, inflação, incertezas macroeconômicas e toda a sorte de problemas subsequentes a tal cenário.
Como os problemas não respeitam o calendário gregoriano, parte deles se estende até 2023 e projeções de um cenário recessivo nas economias centrais são abundantes, enquanto os bancos centrais se esforçam para tentar debelar uma inflação, em grande parte auto infligida.
Ainda assim, apesar de todos os problemas, uma feliz passagem de ano a todos e como sempre, que o próximo ano seja sempre melhor do que aquele que passou.
Feliz Ano Novo.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, com os investidores entrando nos últimos dias de negociação de 2022
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, seguindo de perto as perdas de Wall Street, especialmente em tecnologia.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, destaque de alta ao minério de ferro.
O petróleo cai em Londres e em Nova York, com o aumento de casos de Covid na China elevando o temor de menor demanda.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,05%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2634 / -0,56 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / 0,273%
Dólar / Yen : ¥ 133,72 / -0,573%
Libra / Dólar : US$ 1,20 / 0,083%
Dólar Fut. (1 m) : 5250,33 / -0,55 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,43 % aa (-1,01%)
DI - Janeiro 25: 12,71 % aa (-1,75%)
DI - Janeiro 26: 12,65 % aa (-2,04%)
DI - Janeiro 27: 12,67 % aa (-2,05%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,5275% / 110.237 pontos
Dow Jones: -1,1006% / 32.876 pontos
Nasdaq: -1,3517% / 10.213 pontos
Nikkei: -0,94% / 26.094 pontos
Hang Seng: -0,79% / 19.741 pontos
ASX 200: -0,94% / 7.020 pontos
ABERTURA
DAX: 0,210% / 13954,82 pontos
CAC 40: 0,066% / 6514,76 pontos
FTSE: -0,282% / 7476,02 pontos
Ibov. Fut.: 1,78% / 112102,00 pontos
S&P Fut.: 0,31% / 3819,25 pontos
Nasdaq Fut.: 0,596% / 10836,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,59% / 112,00 ptos
Petróleo WTI: -2,14% / $77,27
Petróleo Brent: -1,81% / $81,75
Ouro: 0,17% / $1.807,24
Minério de Ferro: 1,87% / $115,25
Soja: -0,18% / $1.503,75
Milho: -0,48% / $679,50
Café: -0,72% / $172,30
Açúcar: 0,35% / $20,23