O desempenho do mercado acionário brasileiro ontem teve como base os dias de feriado quando as ADRs desempenharam positivamente no mercado internacional, o que nos levou ao descolamento dos mercados globais, envoltos em uma negativa volatilidade.
Ainda assim, tal correção dos dias parados também veio para o dólar, com forte alta global, após a série de dados muito acima das expectativas como o PPI, inflação ao atacado e vendas ao varejo, ambos nos EUA, trazendo dúvidas sobre a possibilidade de adoção de um pacote de estímulos do tamanho que desejam os democratas: US$ 1,9 trilhões.
Como sabemos, um mercado estímulo-dependente acaba por reagir à falta da perspectiva de uma nova injeção de recursos e o primeiro ativo a reagir é o dólar, o qual disparou contra a maioria das divisas ontem, mas já mostra alívio hoje.
Ainda assim, o reflexo dos números é positivo, pois sequer ainda conta com um processo vacinal avançado nos EUA, ou seja, a tendência seria de melhora ainda mais intensa nos próximos meses, conforme avança a imunização.
Na ata da última reunião do FOMC, notamos uma preocupação que estamos alertando no Brasil desde o intervalo entre o terceiro e o quarto trimestre do ano passado, sobre o choque global de oferta, afetando os preços internacionais em dólares.
O Federal Reserve cita: “Vários participantes notaram riscos potenciais de alta para a inflação decorrentes de restrições de oferta recentes” e vai de encontro com uma série de pressões de preços se avolumando em nível global, em especial na expectativa por novo grande ciclo de commodities crescendo a cada dia.
Localmente, os maiores temores são de que o evento da prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) se converta em novos atrasos na já travada pauta do Congresso, mas, aparentemente, há a busca por uma solução rápida, ainda que não satisfatória ao Congresso neste momento.
Vale a atenção.
Atenção aos balanços de Walmart (NYSE:WMT) (SA:WALM34), Nestlé (SIX:NESN), Airbus (PA:AIR), Daimler (DE:DAIGn), Marriott (NASDAQ:MAR) (SA:M1TT34), Barclays (LON:BARC), Credit Suisse (SIX:CSGN), Repsol (MC:REP), Carrefour SA (PA:CARR).
Na agenda, auxílio desemprego, preços de importados e exportados, casas iniciadas e pedidos de construção nos EUA e inflações semanais no Brasil.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com mercados atentos tanto à agenda micro, quanto macroeconômica.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, com o retorno dos feriados lunares pela Ásia.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto a prata e destaque ao ferro.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com o frio do Texas reduzindo a oferta nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,67%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4129 / 0,65 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / 0,258%
Dólar / Yen : ¥ 105,75 / -0,132%
Libra / Dólar : US$ 1,39 / 0,455%
Dólar Fut. (1 m) : 5419,31 / 0,78 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,34 % aa (3,21%)
DI - Janeiro 23: 5,06 % aa (2,02%)
DI - Janeiro 25: 6,63 % aa (1,69%)
DI - Janeiro 27: 7,30 % aa (1,53%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,7763% / 120.356 pontos
Dow Jones: 0,2864% / 31.613 pontos
Nasdaq: -0,5838% / 13.966 pontos
Nikkei: -0,19% / 30.236 pontos
Hang Seng: -1,58% / 30.595 pontos
ASX 200: 0,01% / 6.886 pontos
ABERTURA
DAX: 0,104% / 13923,68 pontos
CAC 40: -0,113% / 5759,31 pontos
FTSE: -0,097% / 6704,39 pontos
Ibov. Fut.: 0,79% / 120586,00 pontos
S&P Fut.: 0,008% / 3928,00 pontos
Nasdaq Fut.: -0,504% / 13619,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,39% / 85,53 ptos
Petróleo WTI: 0,38% / $61,25
Petróleo Brent: 0,50% / $64,54
Ouro: 0,62% / $1.782,63
Minério de Ferro: 6,01% / ¥ $161,99
Soja: -0,31% / $1.378,75
Milho: -0,59% / $550,25
Café: 0,52% / $126,90
Açúcar: 0,83% / $17,15