O primeiro dia da reunião do FOMC e não existem sinais de que o Federal Reserve se mostrará ‘sensibilizado’ pela reação dos investidores à possibilidade de início antecipado do processo de aperto monetário nos EUA.
Ainda que seu chairman, Jerome Powell seja atento aos efeitos nos ativos de mercado financeiro, cresceu a parcela que defende uma não leniência do comitê à inflação que já soa fora de controle.
Mesmo assim, a decisão que se desenhou nas projeções de pontos (dotplots) da reunião anterior é menos intensa do que a que se tem desenhado no mercado e indicado por poucos membros do comitê e alguns não membros.
Ou seja, a indicação de 5 ou 6 elevações de juros neste ano não adere à comunicação oficial do Fed e sim a projeções do mercado financeiro, o discurso mais duro de Powell (hawkish) e a posição de membros notadamente mais duros do comitê.
Portanto, não se pode descartar uma possível ‘surpresa’ nesta decisão de juros, caso seja cumprido aquilo que se determinou na comunicação oficial do banco central americano e não nas expectativas criadas até agora.
Isso ocorre, pois se seguir a linha que indicam as curvas de juros e os analistas mais pessimistas, o Fed sequer terminaria o processo gradual de compra e recompra de ativos para começar a elevar os juros.
Neste sentido, 5 ou 6 elevações de juros, como citadas por alguns analistas faria sentido, porém demandariam que o sinal fosse muito pesado já nesta reunião e o processo se iniciasse em março.
Sustentamos que ainda existe espaço, dado o viés de Powell e Brainard para que seja cumprido aquilo que foi indicado na última ata e comunicado e se isso acontecer, o mercado “adia” a realização de lucros um pouco mais.
Ao governo americano, deixar de derramar cheques na economia já ajudaria imensamente através da enorme série de programas disponíveis já seria um elemento importante de redução da inflação, mas isso não acontece, se depender dos democratas.
Agenda limitada hoje, com dados do mercado imobiliário americano.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, apesar do início da reunião do FOMC e temores ainda em alta sobre a questão ucraniana.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, seguindo a forte volatilidade observada em Wall Street.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, com forte alta na platina.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com o nervosismo da interrupção da oferta à medida que as tensões geopolíticas crescem.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 5,85%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,4914 / 0,74 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,336%
Dólar / Yen : ¥ 114,13 / 0,097%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / -0,022%
Dólar Fut. (1 m) : 5508,93 / 0,83 %
Juros futuros (DI)
DI - Janeiro 23: 11,81 % aa (-0,59%)
DI - Janeiro 24: 11,40 % aa (-0,48%)
DI - Janeiro 26: 11,09 % aa (-0,85%)
DI - Janeiro 27: 11,20 % aa (-0,88%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,9221% / 107.937 pontos
Dow Jones: 0,2893% / 34.365 pontos
Nasdaq: 0,6261% / 13.855 pontos
Nikkei: -1,66% / 27.131 pontos
Hang Seng: -1,67% / 24.244 pontos
ASX 200: -2,49% / 6.962 pontos
ABERTURA
DAX: 1,081% / 15173,33 pontos
CAC 40: 1,323% / 6877,62 pontos
FTSE: 1,070% / 7375,25 pontos
Ibovespa Futuros.: -0,77% / 108596,00 pontos
S&P 500 Futuros.: -0,65% / 4375 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: -1,129% / 14337,50 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,28% / 104,91 ptos
Petróleo WTI: 1,01% / $84,15
Petróleo Brent: 1,28% / $87,37
Ouro: -0,27% / $1.835,56
Minério de Ferro: 0,80% / $128,74
Soja: 0,16% / $1.405,50
Milho: -0,08% / $620,75
Café: 1,33% / $236,25
Açúcar: 0,37% / $18,84