A crescente presença do investidor estrangeiro nos negócios locais não tem sido um privilégio do Brasil neste momento global de mudanças.
Há uma maciça presença dos mesmos por todos os mercados emergentes, independentemente da posição fiscal, como combateram a pandemia e qual a projeção atual de crescimento econômico.
Neste sentido, o Brasil tem se beneficiado de tal fluxo, em momentos em que os movimentos globais se tornam positivos como ontem, após o mercado ganhar ânimo com a notícia de novos avanços no congresso americano para um possível pacote de estímulos.
Localmente, já se observava um descolamento do movimento global na abertura, o qual acabou potencializado pelas notícias do congresso americano e algumas sobre a efetividade de vacinas.
E por falar em contaminação, o ministro Paulo Guedes já não consegue mais contaminar o mercado com seu usual otimismo e soluções fáceis para os difíceis problemas brasileiros, os quais essencialmente são um misto de política e perdularismo fiscal.
Os investidores até gostam de ouvir o ministro, porém quando fala de uso de reservas para diminuir a dívida pública acende um alerta amarelo sobre a real situação fiscal do país e as agências de classificação de risco soberano já estão cada vez mais de olho, principalmente na formatação de um novo programa de renda mínima, tanto almejado pelo governo.
As soluções tanto pregadas pelo ministro não avançam, em especial as privatizações, redução dos gastos e tamanho do estado, daí citar as reservas, que representam estoque e não fluxo, traz enorme desconforto.
Por fim, somente cresce absurdamente a necessidade de avanço das reformas estacionadas no congresso e que ainda parecem não avançar na velocidade que o país demanda para enfrentar a crise.
Nos EUA, a decisão do secretário do Tesouro Steve Mnuchin de permitir que vários dos programas de empréstimos de emergência do Fed expirem em 31 de dezembro reduzirá drasticamente a capacidade da autoridade monetária de apoiar o sistema financeiro.
O programa criado na pandemia dava poderes de $ 4,5 tri em diversas formas de ativos, mas sua retirada não significa o fim do poder do Fed, somente não estende o programa que estava programado para acabar em dezembro.
Continuam os instrumentos tradicionais para a banco central americano lidar com a crise.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com um misto de temores com a pandemia e esperança com a vacina.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, seguindo a tendência do ocidente.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, na expectativa por vacinas.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,13%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3091 / -1,01 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / -0,194%
Dólar / Yen : ¥ 103,84 / 0,106%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,128%
Dólar Fut. (1 m) : 5313,50 / -0,10 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,20 % aa (1,69%)
DI - Janeiro 23: 4,98 % aa (0,61%)
DI - Janeiro 25: 6,80 % aa (0,15%)
DI - Janeiro 27: 7,60 % aa (0,13%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,5190% / 106.670 pontos
Dow Jones: 0,1522% / 29.483 pontos
Nasdaq: 0,8737% / 11.905 pontos
Nikkei: -0,42% / 25.527 pontos
Hang Seng: 0,36% / 26.452 pontos
ASX 200: -0,12% / 6.539 pontos
ABERTURA
DAX: 0,428% / 13142,13 pontos
CAC 40: 0,648% / 5510,11 pontos
FTSE: 0,709% / 6379,24 pontos
Ibov. Fut.: 0,63% / 106869,00 pontos
S&P Fut.: 0,426% / 3580,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,023% / 11989,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,79% / 74,12 ptos
Petróleo WTI: 0,05% / $42,00
Petróleo Brent: 0,59% / $44,45
Ouro: 0,10% / $1.868,02
Minério de Ferro: 0,63% / ¥ $122,84
Soja: 1,02% / $1.189,50
Milho: 1,24% / $427,75
Café: 0,46% / $121,20
Açúcar: 0,13% / $15,30