O vírus continua vivo e ativo no mundo. Eis que os mercados continuam a se dividir entre contextos mais positivos, na maior parte das vezes baseados em indicadores econômicos acima das expectativas e reaberturas parciais.
Ontem, em mais uma sequência de dias voláteis, o mercado se preparou na abertura para um dia ruim, observou uma melhora generalizada, para então novamente decair à realização de lucros em nível global.
Nada muito diferente de se esperar, em vista ao contexto desafiador da pandemia, porém, deve-se reforçar que o aumento expressivo de casos nos EUA é proporcional a uma série de fatores, entre eles o crescimento recente das testagens em massa, protestos e ralis políticos e a própria reabertura em diversas localidades.
Outro sentimento que impera é a semana de esvaziada de indicadores macroeconômicos no exterior, o que mina exatamente parte das reações positivas aos dados, deixando de lado as observações à pandemia.
E neste contexto esvaziado, a inflação ao atacado no Japão registrou crescimento mensal acima das expectativas (0,6% vs 0,3% proj.), levando o índice aos -1,6% ante -2% proj. e anterior aos -2,8%. Os dados de agregados monetários e empréstimos também superaram as expectativas.
Ainda assim, a agenda local tem o peso do IPCA e do volume do setor de serviços, ambos medidos pelo IBGE.
No caso da inflação, os sinais de repasse cambial, reajustes de uma série de serviços, transportes e impactos em alimentação desfazem aquele cenário deflacionário descomedido que parte dos analistas desenhava.
Deste modo, até mesmo respondendo aos números que podem superar a mediana do mercado, o Banco Central já se diz atento à reação dos preços à esta série de impactos, mas também aos dados de atividade econômica, como as vendas ao varejo superando em muito as projeções.
Assim, o determinante para o rumo dos juros na próxima reunião do COPOM parece mais em linha com a premissa de “porta mais fechada do que entreaberta” deixada nos últimos comunicados do que na citação de “inflação residual” no qual o mercado tanto se apega.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em baixa, com cautela após o rali mais recentes.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, seguindo as correções ocorridas no ocidente.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque à prata e platina.
O petróleo abriu em queda em Londres e em Nova York, à medida que surgem casos de COVID-19 nos EUA e em outros lugares.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 2,94%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3444 / 0,09 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,062%
Dólar / Yen : ¥ 106,80 / -0,373%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / 0,064%
Dólar Fut. (1 m) : 5367,40 / 0,30 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 3,10 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,18 % aa (0,24%)
DI - Janeiro 25: 5,63 % aa (-0,71%)
DI - Janeiro 27: 6,43 % aa (-0,77%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,6110% / 99.160 pontos
Dow Jones: -1,3856% / 25.706 pontos
Nasdaq: 0,5266% / 10.548 pontos
Nikkei: -1,06% / 22.291 pontos
Hang Seng: -1,84% / 25.727 pontos
ASX 200: -0,61% / 5.919 pontos
ABERTURA
DAX: 0,230% / 12518,19 pontos
CAC 40: 0,261% / 4933,84 pontos
FTSE: 0,372% / 6072,18 pontos
Ibov. Fut.: -0,82% / 99212,00 pontos
S&P Fut.: -0,705% / 3141,10 pontos
Nasdaq Fut.: -0,273% / 10700,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,30% / 66,15 ptos
Petróleo WTI: -2,57% / $38,59
Petróleo Brent: -2,31% / $41,38
Ouro: 0,15% / $1.806,30
Minério de Ferro: -0,40% / $104,61
Soja: -0,14% / $897,00
Milho: -0,21% / $350,50 $350,50
Café: -1,26% / $97,70
Açúcar: -0,42% / $11,79