Como sempre, o imponderável da política exerce seu papel contundente no mercado, em especial com a proximidade das eleições nos EUA.
O que parecia um dia calmo ontem para os investidores se converteu em uma sessão volátil, ainda que de perdas modestas localmente.
Um indicador que para parte do mercado passou incólume foi o índice de confiança do consumidor americano, perdido em meio à divulgação de dados positivos do mercado imobiliário.
O Conference Board, após um período de recuperação, recuou para os piores níveis em 5 anos.
A confiança do consumidor está de volta aos níveis de 2014, onde estava em ascendência da crise das hipotecas, enquanto os dados de situação presente e expectativa igualmente perderam as recuperações recentes, onde igualmente o dado nominal estava no passado em ascensão.
É um sinal de alerta para Trump em meio à sua campanha pela presidência, pois além dos impactos eleitorais de sua condução da crise pandêmica, muito mal avaliada pelos eleitores, o retorno de casos em diversos estados americanos assusta a população, em meio à reabertura das escolas em diversas localidades, como na Georgia hoje.
Localmente, como não poderia ser diferente, a política também prestou seu papel, mesmo após um IPCA-15 ‘comportado’ e a renovação da força do setor externo com mais um superávit consistente de conta corrente, como resultado da intensa desvalorização do Real frente ao dólar.
Ao depender da imprensa, o ministro Paulo Guedes está novamente demitido ‘na Austrália’, porém o que continua são as disputas internas por mais gastos de ordem fiscal que garantem um aumento expressivo de popularidade do presidente, bem aos moldes dos governos petistas (lembrando da redução do IPI de linha branca) e o correto fiscalismo e reformismo de Guedes, de forma a desenhar um cenário positivo de longo prazo ao país.
Mais uma vez, Rogério Marinho é o responsável pela ponta ‘gastona’ do governo, principalmente ao agitar recursos para o Nordeste, sobretudo pela sua intenção de cacifar sua eleição para o governo do RN.
Agora, tentar apaziguar a ‘fúria’ do mercado, ao cogitar-se colocar o presidente do BC no lugar de Guedes é mais uma vez optar por uma solução petista, ou seja, RCN seria o ‘Levy’ do governo, papel ao qual não se prestaria, como já avisou publicamente, inclusive ironizando a situação.
Uma coisa é certa, dinheiro não leva desaforo e o governo deveria saber, pois o retorno é implacável
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após mais um recorde das bolsas americanas.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, puxados pelas bolsas chinesas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto minério de ferro.
Petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, mesmo com as tempestades no Golfo.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,32%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,5092 / -1,83 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,135%
Dólar / Yen : ¥ 106,19 / -0,188%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,046%
Dólar Fut. (1 m) : 5523,80 / -1,31 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,35 % aa (-1,47%)
DI - Janeiro 23: 3,93 % aa (1,29%)
DI - Janeiro 25: 5,75 % aa (0,70%)
DI - Janeiro 27: 6,76 % aa (0,45%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1763% / 102.118 pontos
Dow Jones: -0,2120% / 28.248 pontos
Nasdaq: 0,7624% / 11.466 pontos
Nikkei: -0,03% / 23.291 pontos
Hang Seng: 0,02% / 25.492 pontos
ASX 200: -0,73% / 6.116 pontos
ABERTURA
DAX: 0,431% / 13117,90 pontos
CAC 40: 0,155% / 5016,02 pontos
FTSE: -0,184% / 6025,88 pontos
Ibov. Fut.: -0,23% / 102206,00 pontos
S&P Fut.: 0,449% / 3442,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,309% / 11762,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,24% / 72,19 ptos
Petróleo WTI: -0,25% / $43,23
Petróleo Brent: -0,13% / $45,80
Ouro: -0,43% / $1.919,65
Minério de Ferro: -0,19% / $122,34
Soja: 0,25% / $916,00
Milho: -0,29% / $339,75 $339,75
Café: 1,70% / $125,30
Açúcar: 0,47% / $12,82