A decepção parcial com o PIB divulgado ontem vem exatamente no numeral negativo de -0,1%, não muito longe dos fracos 0,2% que projetávamos, nos surpreendendo a queda maior dos investimentos, conhecidos como Formação Bruta de Capital Fixo.
A indústria tem sofrido de maneira direta e irrestrita a restrição de matérias-primas e bens intermediários, em meio ao choque global de oferta, o que em partes também afeta o setor agrícola.
Neste sentido, hoje podemos observar um resultado marginal negativo na produção industrial de julho, após zero na medição de junho, vindo de um ímpeto positivo no primeiro trimestre.
A recuperação econômica resultado do processo acelerado de vacinação no Brasil ainda se confunde com a pressão inflacionária vigente, na consequente elevação de juros e por fim, no cenário de incertezas no futuro.
Neste sentido, o governo continua a busca desenfreada por recursos para custear novos programas sociais e o alvo foi uma guinada à esquerda no espectro político, com a elevação de impostos sob a égide de ‘reforma’.
A não cobrança de impostos sob dividendos vem exatamente devido à uma distorção do elevado imposto de renda de pessoa jurídica e em uma reforma, a expectativa era de que houvesse ao menos neutralidade de taxa, ou seja, o aumento do imposto sob dividendos se compensaria com a queda no IRPJ.
Não foi o que aconteceu e ainda que possam ocorrer mudanças no texto, o apoio maciço da esquerda tem sua razão de ser, o mandado de 2023.
Na esperança de alçar ao poder no próximo mandato, a oposição já busca renovar as fontes de financiamento e as taxações que não conseguiu fazer em mandatos anteriores, dado que se realmente vencerem as eleições, terão praticamente terra arrasada em termos fiscais, ou seja, nada benevolente.
Por fim, resta ao contribuinte.
Atenção hoje ao mercado de trabalho nos EUA.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, apesar do ADP fraco ontem.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, mesmo após a balança comercial australiana acima das expectativas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, queda no minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, mesmo após a OPEP+ reafirmar o compromisso do aumento de produção.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,43%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,1867 / 0,69 %
Euro / Dólar : US$ 1,19 / 0,127%
Dólar / Iene : ¥ 110,01 / -0,027%
Libra / Dólar : US$ 1,38 / 0,196%
Dólar Futuro (1 m) : 5189,98 / -0,03 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,07 % aa (1,32%)
DI - Janeiro 23: 8,52 % aa (0,47%)
DI - Janeiro 25: 9,56 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 27: 9,97 % aa (0,20%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: 0,5174% / 119.396 pontos
Dow Jones: -0,1363% / 35.313 pontos
Nasdaq: 0,3286% / 15.309 pontos
Nikkei: 0,33% / 28.544 pontos
Hang Seng: 0,24% / 26.090 pontos
ASX 200: -0,55% / 7.486 pontos
Abertura
DAX: 0,016% / 15826,87 pontos
CAC 40: 0,092% / 6764,89 pontos
FTSE 100: -0,102% / 7142,57 pontos
Ibovespa Futuros: 0,70% / 119840,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,113% / 4526,40 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,199% / 15642,75 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,26% / 96,31 ptos
Petróleo WTI: 0,42% / $68,88
Petróleo Brent: 0,36% / $71,91
Ouro: 0,16% / $1.815,42
Minério de ferro: -0,39% / $143,08
Soja: -0,37% / $1.273,00
Milho: -0,82% / $511,25
Café: -0,13% / $193,20
Açúcar: 0,71% / $19,80