A conclusão do processo eleitoral no Arizona, com a vitória de inédita de Biden traz um alento importante para os investidores, com a possibilidade cada vez mais concreta de que o presidente Trump deva ceder e reconhecer a derrota nas eleições presidenciais.
Isto tudo é muito diferente daquilo observado durante a disputa entre Al Gore e George W Bush em 2000, quando a discussão se concentrou em literalmente um estado que seria o fiel da balança para toda a eleição, num processo recheado de dúvidas sobre a recontagem, exatamente pelo governador do estado ser irmão do futuro presidente.
Agora, seria necessária a comprovação de provavelmente milhões de votos em estados chave para reverter o resultado e, não somente isso, os governadores republicanos eleitos estão muito pouco satisfeitos com o que está ocorrendo, pois também retira a legitimidade de suas candidaturas.
Ao ‘jogar para plateia’, Trump faz exatamente o que se espera que ele faça ao satisfazer sua base e não entregar a eleição facilmente.
Ainda que possam haver indícios de fraude, a possibilidade de que eles sejam na quantidade maciça o suficiente para deslegitimizar totalmente a eleição é baixa.
Localmente, o ‘disco riscado’ continua e o avanço da pandemia no hemisfério norte e dados de aumento no Brasil chancelam as demandas de Guedes junto a Bolsonaro em diversos temas, entre eles a necessidade de um imposto digital para desoneração da folha de pagamentos, privatizações e reformas.
A possibilidade se tornando mais palpável de extensão dos auxílios e estado emergenciais assustam num contexto de indicadores bastante positivos da economia brasileira, como a série divulgada esta semana e o IBC-Br a ser divulgado hoje pelo Banco Central.
Tais indicadores mostram que tanto o efeito dos auxílios emergenciais, quanto da retomada mais do que parcial da atividade econômica têm tido efeitos macroeconômicos positivos e relevantes, porém podem se limitar caso os governos voltem a optar, obviamente após as eleições, por lockdowns e regressos nas bandeiras de reaberturas.
Novamente, a visão limitada e a falta de planejamento mais sério por parte dos governos, sem equilíbrio entre a questão econômica e a questão sanitária podem aprofundar a catástrofe econômica que se instalou no mundo neste ano e carregar uma inércia negativa para 2021.
Atenção hoje também à inflação ao atacado nos EUA.
Balanço Corporativos de Hoje:
Local: CEMIG (SA:CMIG4), Cogna (SA:COGN3), COPASA (SA:CSMG3), Cosan (SA:CSAN3), CVC (SA:CVCB3), Equatorial (SA:EQTL3), Helbor (SA:HBOR3), Natura (SA:NTCO3) e Vivara (SA:VIVA3).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, entre a questão eleitoral e pandêmica.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, exceto as bolsas sul coreanas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto pelo minério de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York com os lockdowns.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -5,21%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4584 / 1,08 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,186%
Dólar / Yen : ¥ 105,06 / -0,067%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,457%
Dólar Fut. (1 m) : 5459,65 / 0,79 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,26 % aa (2,90%)
DI - Janeiro 23: 4,98 % aa (0,61%)
DI - Janeiro 25: 6,75 % aa (0,90%)
DI - Janeiro 27: 7,56 % aa (1,07%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,1962% / 102.507 pontos
Dow Jones: -1,0799% / 29.080 pontos
Nasdaq: -0,6520% / 11.710 pontos
Nikkei: -0,53% / 25.386 pontos
Hang Seng: -0,05% / 26.157 pontos
ASX 200: -0,20% / 6.405 pontos
ABERTURA
DAX: 0,444% / 13110,89 pontos
CAC 40: 0,561% / 5392,66 pontos
FTSE: -0,098% / 6332,74 pontos
Ibov. Fut.: -2,16% / 102534,00 pontos
S&P Fut.: -0,998% / 3532,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,867% / 11921,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,06% / 73,68 ptos
Petróleo WTI: -1,02% / $40,71
Petróleo Brent: -0,62% / $43,24
Ouro: 0,10% / $1.878,48
Minério de Ferro: -1,07% / ¥ $121,00
Soja: 0,22% / $1.139,50
Milho: -0,24% / $407,50
Café: -0,32% / $109,75
Açúcar: -0,40% / $14,87