O que se esperava aparentemente não ocorrerá.
Uma reação negativa dos investidores aos revezes da vacina da AstraZeneca, considerada até agora uma das mais avançadas parece não estar no escopo do mercado neste momento, após os poucos dias de pretensa correção das ações de tecnologia.
Conforme citamos na semana passada, a dificuldade em se promover uma correção mais profunda dos ativos vem necessariamente da contínua e forte liquidez promovida por bancos centrais, em especial o Fed.
Neste contexto, os investidores ignoram as decepcionantes notícias sobre a vacina contra o COVID-19, a necessidade de correção dos valores diversas ações do mercado e se mantem numa postura no mínimo propensa à volatilidade.
E ainda que exista a avaliação de muitos analistas de que o mercado de tecnologia esteja em uma bolha semelhante à observada em 2000, há pouca substância em tal afirmação, principalmente pelas enormes diferenças de momentos históricos e de resultados efetivos.
A bolha da internet era pautada por uma novidade, falta de conhecimento sobre o potencial da internet e uma série de apostas frustradas, que deixaram de dar resultado muito antes do estouro da bolha em 2000.
No caso atual, as empresas estão aí, vivas e ativas, muitas sobreviventes de 2000, com resultados econômicos maciços, forte inserção do dia-a-dia de todos e tudo registrado fortemente em seus balanços.
Portanto, ainda que sim, exista a necessidade de correção dos valores de ações das empresas em vista ao movimento recente pós-pandêmico, comparar com a bolha da internet é um enorme exercício retórico neste momento.
Atenção hoje ao IPCA, o qual possui uma grande extensão de projeções, de 0,17% a 0,32% e aos impactos inflacionários de curto prazo, os quais já atingem fortemente os índices ao atacado.
Em termos de comparação, nossa projeção meramente estatística abre dois cenários possíveis, de 0,19% a 0,33%, enquanto a nossa coleta resulta numa inflação de 0,48%, muito mais próxima do restante dos índices observados no mercado, desde aqueles dentro dos IGPs, como nas inflações semanais do IPC-S e Fipe.
Em todos os cenários, o impacto geral da volatilidade cambial continua bastante perceptível e não deve ser desprezado num momento de sinais mais concisos de recuperação da atividade econômica.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com o mercado ignorando os problemas da vacina AstraZeneca.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, seguindo a correção tech ocidental.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos a partir dos 5 anos.
Entre as commodities metálicas, quedas, com destaque ao minério de ferro.
O Petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, mesmo com temores de menor demanda.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,62%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3625 / 1,14 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / -0,043%
Dólar / Yen : ¥ 106,14 / 0,009%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,247%
Dólar Fut. (1 m) : 5358,79 / 0,98 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,45 % aa (1,77%)
DI - Janeiro 23: 4,04 % aa (3,59%)
DI - Janeiro 25: 5,84 % aa (2,64%)
DI - Janeiro 27: 6,79 % aa (2,26%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,1767% / 100.050 pontos
Dow Jones: -2,2479% / 27.501 pontos
Nasdaq: -4,1142% / 10.848 pontos
Nikkei: -1,04% / 23.033 pontos
Hang Seng: -0,63% / 24.469 pontos
ASX 200: -2,15% / 5.879 pontos
ABERTURA
DAX: 0,900% / 13085,31 pontos
CAC 40: 0,496% / 4998,17 pontos
FTSE: 0,955% / 5986,91 pontos
Ibov. Fut.: -1,41% / 100047,00 pontos
S&P Fut.: 0,306% / 3345,70 pontos
Nasdaq Fut.: 1,858% / 11260,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,17% / 71,28 ptos
Petróleo WTI: 1,82% / $37,59
Petróleo Brent: 1,33% / $40,34
Ouro: -0,18% / $1.926,65
Minério de Ferro: -1,46% / ¥ 841
Soja: 0,36% / $973,00
Milho: -0,43% / $349,50
Café: -1,05% / $131,40
Açúcar: 0,42% / $12,09