Em dia de agenda pesada para o Brasil, com PIB e balança comercial, os investidores locais pesam o envio do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2021 ao Congresso Nacional.
O texto é coerente em diversos aspectos e mostra até certo realismo quando cita as projeções de déficit dos próximos anos e a manutenção das despesas extraordinárias restritas ao ano de 2020, todavia, peca em alguns pontos importantes, como a não citação do programa Renda Brasil e sua previsão de despesa, somente uma elevação de 15% nos custos do Bolsa Família.
A intenção do governo é incrementar o acesso do programa para 20 milhões de assistidos, ou seja, um aumento de 42% na comparação com a base anterior.
O problema é que, além de não citar o programa, tal inclusão deverá necessariamente passar por um novo orçamento enviado ao Congresso, detalhando a fonte da despesa, assim como Guedes fará hoje ao apresentar a extensão do auxílio emergencial até o final do ano em R$ 300.
Na agenda macroeconômica, atenção ao PIB do segundo trimestre, no qual deverá ser observado o impacto mais severo da crise pandêmica, passando por um alívio em consequência da melhora dos indicadores macroeconômicos a partir de meados do mês de junho.
No setor externo, a balança comercial continua a se beneficiar tanto de uma questão internacional de preços, como da maior competitividade dos produtos brasileiros em vista à desvalorização cambial, em tal contexto, o Brasil é um dos países a receber parte das benesses do enfrentamento comercial entre EUA e China.
No exterior, as atenções se voltam aos indicadores ISM e PMI, com destaque para a redução nas pesquisas eleitorais entre Joe Biden e Donald Trump, em partes em resposta à melhora de uma série de indicadores econômicos e também da aversão dos americanos à violência ocorrida nas mais recentes manifestações em todos os EUA.
Tais distúrbios, os quais em partes tem como alvo o atual presidente americano tem surtido efeito negativo para os democratas, pois além da violência, são sucedidos de saques e destruição, além de exigirem o fim da polícia e do sistema político que regem os EUA.
Os mercados testam hoje a manutenção das altas, após o recorde histórico.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após o melhor agosto para as bolsas em 30 anos.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com os PMIs chineses acima das expectativas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre.
O Petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com a queda global do dólar.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,65%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4937 / 1,94 %
Euro / Dólar : US$ 1,20 / 0,360%
Dólar / Yen : ¥ 105,78 / -0,170%
Libra / Dólar : US$ 1,35 / 0,554%
Dólar Fut. (1 m) : 5473,27 / 1,07 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 3,46 % aa (-1,14%)
DI - Janeiro 23: 4,04 % aa (0,75%)
DI - Janeiro 25: 5,88 % aa (1,03%)
DI - Janeiro 27: 6,85 % aa (1,03%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,7156% / 99.369 pontos
Dow Jones: -0,7811% / 28.430 pontos
Nasdaq: 0,6825% / 11.775 pontos
Nikkei: -0,01% / 23.138 pontos
Hang Seng: 0,03% / 25.185 pontos
ASX 200: -1,77% / 5.953 pontos
ABERTURA
DAX: 0,767% / 13044,65 pontos
CAC 40: 0,408% / 4967,40 pontos
FTSE: -1,380% / 5881,28 pontos
Ibov. Fut.: -2,42% / 99807,00 pontos
S&P Fut.: -0,157% / 3498,90 pontos
Nasdaq Fut.: 1,065% / 12235,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,84% / 73,93 ptos
Petróleo WTI: 1,08% / $43,06
Petróleo Brent: 1,19% / $45,81
Ouro: 1,03% / $1.990,24
Minério de Ferro: 1,66% / $122,19
Soja: 0,45% / $955,50
Milho: -0,57% / $345,50 $345,50
Café: 1,93% / $132,30
Açúcar: 0,87% / $12,77