Baixo volume, número expressivo de resgates, agenda fraca e a chegada do feriado demonstram o por que nosso mercado de renda variável permaneceu negativo na sessão de ontem, porém não explica o descolamento das bolsas internacionais.
O orçamento foi aprovado e agora, resta quantificar o impacto fiscal em 2022, dado que os números mais recentes de arrecadação e os dados fiscais a serem divulgados na próxima semana não apontam para um cenário desesperador para o ano que passou.
Ou seja, o que seria um grande alento em termos fiscais, de menores gastos e um cenário de atividade econômica acima daquele projetado no final do ano passado, se converte numa perspectiva negativa em termos de gastos públicos para o próximo ano.
Não que isso seja novidade no Brasil, afinal, os ‘verdadeiros’ mandatários acabam sendo aqueles no congresso, porém, dada a passagem por uma crise das proporções de 2020 e em vista aos resultados econômicos mais positivos deste ano, seria de excelente bom grado adentrarmos 2022 com as ‘contas em dia’.
Para hoje, as atenções se voltam ao IPCA-15 e a perspectiva de que a inflação tenha finalmente demonstrado topo nas medições do mês anterior, com o peso ainda desproporcional dos combustíveis e consequentemente, transportes.
A queda divulgada pela Petrobras (SA:PETR4) da gasolina ainda não se reflete neste indicador, porém deve se refletir no IPCA de dezembro, o índice cheio, além do alívio em alimentos e habitação, com o retorno de chuvas mais constantes.
Na próxima semana e hoje, os dados de emprego, como Caged e PNAD devem novamente mostrar uma melhora importante em meio a todos os problemas ainda advindos da pandemia no ano passado e em parte deste ano.
Além disso, dados do setor externo, apesar do déficit de conta corrente, demonstram que o fluxo de investimento externo direto (IED) continua importante para o Brasil, ou seja, os dados econômicos como um todo desenham um cenário longe da tragédia anunciada no início deste ano e perderemos tal bônus.
Atenção hoje aos dados do PIB americano, como PCE e renda pessoal, pedidos de bens duráveis e de auxílio desemprego e setor imobiliário.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, enquanto o mercado tenta estender a recuperação de retorno para um terceiro dia.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, seguindo o rali observado nas bolsas internacionais.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceto o cobre e minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, apesar do otimismo sobre o menor impacto da Omicron.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,16%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6603 / -1,47 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,035%
Dólar / Yen : ¥ 114,33 / 0,184%
Libra / Dólar : US$ 1,34 / 0,375%
Dólar Fut. (1 m) : 5681,02 / -1,25 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 11,38 % aa (-1,39%)
DI - Janeiro 24: 10,71 % aa (0,19%)
DI - Janeiro 26: 10,33 % aa (0,58%)
DI - Janeiro 27: 10,38 % aa (0,29%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,2428% / 105.244 pontos
Dow Jones: 0,7359% / 35.754 pontos
Nasdaq: 1,1785% / 15.522 pontos
Nikkei: 0,83% / 28.798 pontos
Hang Seng: 0,40% / 23.194 pontos
ASX 200: 0,31% / 7.388 pontos
ABERTURA
DAX: 0,449% / 15663,49 pontos
CAC 40: 0,296% / 7072,56 pontos
FTSE: 0,207% / 7356,89 pontos
Ibov. Fut.: -0,21% / 106541,00 pontos
S&P Fut.: 0,19% / 4695 pontos
Nasdaq Fut.: 0,046% / 16188,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,09% / 98,63 ptos
Petróleo WTI: -0,16% / $72,56
Petróleo Brent: -0,13% / $75,22
Ouro: 0,18% / $1.805,81
Minério de Ferro: -1,04% / $112,54
Soja: 0,17% / $1.329,25
Milho: 0,46% / $604,25
Café: 0,15% / $233,85
Açúcar: -0,52% / $19,15