A sessão volátil de ontem, com a abertura sensivelmente diferente do fechamento no mercado local e descolamento do exterior teve mais a ver com o alívio pelo fim do pleito majoritário e ajuste da Ptax, do que qualquer notícia do âmbito político.
A ausência de manifestação do atual presidente quanto ao resultado das eleições e a revolta de caminhoneiros travando estradas e vias importantes ainda não se refletiu nos ativos, pois ainda sequer fez preço no atual cenário.
Com isso, as atenções continuam voltadas à formação do novo governo, especialmente a equipe econômica e os sinais emitidos pelo congresso, o qual, neste momento, parece dominar cada vez mais a pauta, com os avanços de Lyra com uma frente parlamentar sólida.
Para o mercado, a importância deste movimento vem exatamente como um ente controlador dos ímpetos de reversão de eventos importantes que ocorreram durante a atual gestão, como privatizações, concessões e reformas.
No restante, a atenção continua a um possível aparelhamento do estado e elevação de gastos, o que se mostrou muito mais contido no atual governo, como demostraram os dados fiscais ontem, apesar da pandemia e da série de gastos.
As atenções se voltam ao início da reunião do FOMC nos EUA, onde uma elevação adicional de 75 bp é aguardada para amanhã e cresce a expectativa pelo sinal emitido pela autoridade monetária americana, especialmente para o ritmo das próximas decisões e do QT (Quantitative Tighening).
Na agenda de hoje, as atenções se voltam também ao índice JOLTS, pois a grande diferença entre vagas de emprego e trabalhadores disponíveis foi um dos principais impulsionadores da inflação nos EUA e os números de agosto sugeriram que a diferença pode estar diminuindo.
Outro Banco Centraol, o BoE deve manter também o ritmo atual de elevação dos juros, em meio à uma situação inflacionária ainda desafiadora no hemisfério norte, especialmente na Europa, com a indefinição do conflito na Ucrânia.
Localmente, agenda repleta de dados, com a ata da última reunião do COPOM, sem grandes destaques no atual momento, IPC-S semanal, produção industrial e balança comercial, enquanto nos EUA ainda reservam ISMs, PMIs, e dados do setor de construção.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelos resultados de AIG, Eli Lily e Pfizer (NYSE:PFE) antes da abertura e após, AMD.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após elevação de juros pelo RBA para 2,85% e o plano chinês de abertura, além do PMI Caixin acima das projeções aos 4922 pontos.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre e à prata.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com o plano de reabertura da China impulsionando a commodity.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,19%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1796 / -2,21 %
Euro / Dólar : US$ 0,99 / 0,455%
Dólar / Yen : ¥ 147,21 / -0,827%
Libra / Dólar : US$ 1,15 / 0,523%
Dólar Fut. (1 m) : 5213,00 / -2,98 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 13,65 % aa (-0,03%)
DI - Janeiro 24: 12,92 % aa (-0,39%)
DI - Janeiro 26: 11,55 % aa (-1,16%)
DI - Janeiro 27: 11,49 % aa (-1,37%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,3079% / 116.037 pontos
Dow Jones: -0,3921% / 32.733 pontos
Nasdaq: -1,0296% / 10.988 pontos
Nikkei: 0,33% / 27.679 pontos
Hang Seng: 5,23% / 15.455 pontos
ASX 200: 1,65% / 6.977 pontos
ABERTURA
DAX: 1,089% / 13397,96 pontos
CAC 40: 1,624% / 6368,52 pontos
FTSE: 1,500% / 7200,94 pontos
Ibov. Fut.: 1,16% / 117425,00 pontos
S&P Fut.: 0,88% / 3917,25 pontos
Nasdaq Fut.: 0,992% / 11576,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,40% / 113,81 ptos
Petróleo WTI: 1,63% / $87,94
Petróleo Brent: 1,76% / $94,44
Ouro: 0,98% / $1.651,64
Minério de Ferro: 1,95% / $80,10
Soja: 1,21% / $1.419,00
Milho: -0,07% / $690,75
Café: -0,82% / $176,65
Açúcar: 1,22% / $18,20