O contexto de instabilidade política continua a alimentar a volatilidade nos ativos do mercado financeiro, desde boatos, até falas de ministros, presidente do BC e presidentes da República.
Localmente, o dia foi basicamente marcado por tais intervenções, primeiro com o ministro Paulo Guedes desmentindo a revista Veja, a qual indicava a continuidade dos programas de renda do governo até julho do próximo ano, o que sequer está previsto em orçamento.
Reforçando a questão fiscal, o presidente do BC, Campos Neto reiterou a necessidade de manutenção do teto dos gastos de forma a preservar a previsibilidade que ele traz, mesmo em um cenário de pandemia, além obviamente da necessidade de continuidade das reformas paradas no Congresso.
Ainda assim, mesmo com sinais mais consistentes das autoridades sobre a questão fiscal, a inflação continua pesada como no IGP-DI divulgado ontem, próximo de nossas projeções, que mesmo com alívio, ainda registra variação mensal consideravelmente forte.
O presidente Bolsonaro por mais uma vez reforça o papel do Guedes na condução da economia, mas inclui no seu discurso que a palavra final sobre o tema é ‘dele’ e do ministro, contrariando do seu usual discurso de pretensa autonomia do tema.
No exterior, a ata da última reunião do FOMC reforçou a necessidade de novo estímulos nos modelos anteriores, de forma a não prejudicar a recuperação da economia americana e que a economia está num ritmo de recuperação acima do esperado, mas por conta do auxílio fornecido pelo governo.
Deste modo, Trump aliviou sua retórica de que somente aprovaria um novo pacote de estímulos após as eleições e deu abertura novamente para discussões congressuais do tema, onde Democratas novamente abrem espaço para a aprovação de um texto mais próximo do modelo proposto pelos republicanos, o qual previa gastos menores.
Hoje a atenção se volta às vendas ao varejo no Brasil, com perspectivas positivas para o mês de agosto, puxado em partes pela retomada das atividades em diversas localidades e pelo crescimento do comércio on-line durante a pandemia e nos EUA, os pedidos semanais de auxílio desemprego.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com o retorno das conversações de estímulos nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos após o rali em NY.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao cobre e platina.
O petróleo abriu em alta em Londres e Nova York, com o furacão Delta se aproximando do Golfo do México.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,78%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,6113 / 0,31 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,009%
Dólar / Yen : ¥ 105,99 / 0,019%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,016%
Dólar Fut. (1 m) : 5620,14 / 0,26 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,06 % aa (2,01%)
DI - Janeiro 23: 4,77 % aa (-1,04%)
DI - Janeiro 25: 6,66 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 27: 7,58 % aa (0,40%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,0928% / 95.526 pontos
Dow Jones: 1,9109% / 28.303 pontos
Nasdaq: 1,8826% / 11.365 pontos
Nikkei: 0,96% / 23.647 pontos
Hang Seng: -0,20% / 24.193 pontos
ASX 200: 1,09% / 6.102 pontos
ABERTURA
DAX: 0,757% / 13026,47 pontos
CAC 40: 0,628% / 4912,64 pontos
FTSE: 0,530% / 5977,78 pontos
Ibov. Fut.: -0,10% / 95456,00 pontos
S&P Fut.: 1,598% / 3406,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,599% / 11539,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,44% / 72,11 ptos
Petróleo WTI: 1,33% / $40,48
Petróleo Brent: 1,48% / $42,62
Ouro: 0,29% / $1.892,78
Minério de Ferro: 2,79% / ¥ $121,91
Soja: 0,67% / $1.058,25
Milho: 0,71% / $392,25
Café: 1,51% / $111,25
Açúcar: 0,07% / $14,15