Os temores pela retomada da economia global, em meio à especulação com energia, quebra ainda não resolvida da cadeia de suprimentos, inflação e os problemas de toda ordem na China, incluindo a questão do crédito imobiliário e shadow banking, dominaram a sessão ontem e o Brasil se eximiu em partes, devido ao feriado.
Tais eventos já afetam os índices de expectativas como o Zew, onde no conjunto europeu e na Alemanha registraram resultados abaixo das expectativas e sensivelmente abaixo do anterior, em partes devido à crise do gás, em meio às questões mencionadas acima.
Neste contexto, onde chama a atenção o grave problema de oferta, a inflação se destaca em nível global e sequer um ciclo de menor demanda agregada é suficiente para reverter, ao menos no curto prazo, tal pressão.
Na Alemanha, nem mesmo o segundo mês consecutivo de inflação à zero foi suficiente para reverter a alta anual de 4,1%, a maior desde dezembro de 1993 e pode limitar o potencial de recuperação em andamento do bloco e de diversos países, dada a perspectiva de possível adoção de medidas de aperto monetário.
Os dados britânicos de produção industrial e manufatureira, por exemplo, há tempos excedem o conjunto europeu, porém tal crescimento é ameaçado pela falta de mão de obra generalizada, em especial como consequência do Brexit.
Nos EUA, a atenção também se volta hoje à inflação ao varejo, o CPI e ainda que os números indiquem que o pico anual tenha ficado para trás, o dado é a maior inflação em 30 anos, tanto para o núcleo, quanto para o índice cheio.
Para o Brasil, que tem algumas gerações que passaram pela hiperinflação e algumas que passaram por inflações altas, mesmo após o Real, sofrer com uma pressão maior de preços é péssimo, porém a cultura local faz com que o consumo se ajuste com relativa velocidade.
No exterior, a raridade do evento faz com que a inflação tenha impacto redobrado e ainda que em termos de índice o dado seja sensivelmente menor do que o nosso, a reação à pressão de preços impacta mais rapidamente o consumo.
Atenção hoje ao início da temporada de balanços e acessem os calendários corporativos de EUA e Brasil em nossas redes sociais.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelos dados de inflação e balanços corporativos.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com a melhora da balança comercial chinesa, acima das expectativas.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos a partir dos 5 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, altas, exceção ao minério de ferro na China.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, com temores que a inflação possa atrapalhar a demanda por combustíveis.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,57%.
Câmbio
Dólar : R$ 5,5385 / 0,54 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / 0,208%
USD/JPY : ¥ 113,58 / -0,044%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / 0,272%
Dólar Futuros. (1 m) : 5544,38 / 0,36 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,54 % aa (-1,21%)
DI - Janeiro 23: 9,06 % aa (0,50%)
DI - Janeiro 25: 10,07 % aa (0,80%)
DI - Janeiro 27: 10,51 % aa (0,77%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: 0,0000% / 112.181 pontos
Dow Jones: -0,3413% / 34.378 pontos
Nasdaq: -0,1399% / 14.466 pontos
Nikkei: -0,32% / 28.140 pontos
Hang Seng: -1,43% / 24.963 pontos
ASX 200: -0,11% / 7.273 pontos
Abertura
DAX: 0,682% / 15250,18 pontos
CAC 40: 0,276% / 6566,18 pontos
FTSE 100: -0,213% / 7115,07 pontos
Ibovespa Futuros: -0,81% / 112052,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,20% / 4349,25 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: 0,498% / 14715,50 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -0,01% / 102,72 ptos
Petróleo WTI: -0,38% / $80,15
Petróleo Brent: -0,46% / $82,98
Ouro: 0,46% / $1.769,69
Minério de ferro: -2,45% / $126,42
Soja: 0,86% / $1.207,00
Milho: -0,29% / $521,25
Café: -0,59% / $211,50
Açúcar: -0,75% / $19,92