Toda a movimentação global ontem se baseou na perspectiva de que a Ômicron poderia ser um fator disruptivo em termos econômicos, em especial nas economias centrais e daí a reação dos mercados.
Este usualmente é o pano de fundo que aparece, por exemplo, em sites de notícia de mercado financeiro, quando na verdade a situação é bem mais simples do que parece, quando os investidores usam o tema para realizar lucro e o “alívio” do mesmo, para retomar as compras, como observado entre ontem e hoje.
A agenda macroeconômica vazia, as duas semanas mais curtas, a falta de notícias do meio político e o pretenso rali de fim de ano fazem com que situações como as atuais, com o uso de notícias mais em voga para justificar um movimento de mercado se tornam mais comuns.
De qualquer modo, a Ômicron já se mostrou duas coisas até o momento: muito mais contagiosa e aparentemente, muito menos letal, sendo que das mortes até agora atribuídas ao vírus, somente uma foi totalmente confirmada.
O que dizem virologistas e especialistas é que este seria um movimento normal de autopreservação deste tipo de vírus, pois não interessa ao mesmo ‘matar’ os hospedeiros, daí a maior transmissibilidade, com menor efeito.
Como as notícias continuam bastante difusas desde o início dos momentos mais graves da pandemia, como em março de 2020, tal contexto sanitário se converte rapidamente em ativos para as mudanças de posturas dos investidores.
A OMS, que não foi exatamente a fonte mais concisa de informações, agora pede que famílias cancelem as festas de fim de ano, afinal, “melhor um evento cancelado do que a morte”, dizem.
Ou seja, no final, a informação continua deficiente e a Europa continuará a acionar o modo pânico com lockdowns, restrições a locomoção e multas.
Na agenda macroeconômica, conta corrente nos EUA, arrecadação em novembro no Brasil, ata da última reunião do BoJ e dois leiloes do BC, um de swaps (US$ 750 mi) e à vista (US$ 500 mi).
Abertura de Mercados
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, mesmo com temores da reação dos governos à nova variante viral
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, saindo do modo de pânico do dia anterior com a pandemia.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com destaque à prata.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, apesar dos temores sobre a pandemia, que podem afetar novamente a demanda energética.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -2,54%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,7374 / 0,91 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / 0,160%
Dólar / Yen : ¥ 113,71 / 0,070%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,363%
Dólar Fut. (1 m) : 5745,82 / 0,87 %
Juros Futuros (DI)
DI - Janeiro 23: 11,54 % aa (-1,45%)
DI - Janeiro 24: 10,81 % aa (-2,57%)
DI - Janeiro 26: 10,39 % aa (-2,17%)
DI - Janeiro 27: 10,46 % aa (-1,51%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: -2,0343% / 105.020 pontos
Dow Jones: -1,2252% / 34.932 pontos
Nasdaq: -1,2441% / 14.981 pontos
Nikkei: 2,08% / 28.518 pontos
Hang Seng: 1,00% / 22.971 pontos
ASX 200: 0,86% / 7.355 pontos
ABERTURA
DAX: 0,747% / 15353,43 pontos
CAC 40: 0,496% / 6904,18 pontos
FTSE: 0,858% / 7259,76 pontos
Ibov. Fut.: -2,01% / 106381,00 pontos
S&P Fut.: 0,66% / 4588,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,715% / 15743,00 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,41% / 95,78 ptos
Petróleo WTI: 0,69% / $69,34
Petróleo Brent: 0,01% / $72,11
Ouro: 0,36% / $1.795,85
Minério de Ferro: -0,11% / $113,79
Soja: -0,27% / $1.288,00
Milho: 0,04% / $591,25
Café: 0,45% / $225,55
Açúcar: 0,54% / $18,68