Após uma semana intensa, de surpresas positivas na economia brasileira e americana, com um mercado com rumo ainda a se firmar, o último dia da semana perde o referencial das bolsas de valores americanas e praticamente encerra a semana e explica em partes o fechamento mais cauteloso da sessão de ontem.
Ainda assim, conforme citamos ontem, a maior disputa de atenção da melhora dos indicadores macroeconômicos é a segunda onda viral nos EUA, potencializada em partes pela reabertura de diversas localidades, pelos recentes protestos e em menor escala, descuido de parte da população, como relatam os meios de comunicação.
Nesta disputa, a prevalência será definida tanto pelas posições do mercado, caso próximos ou não de uma correção dos ativos, mas também pela continuidade.
Caso o aumento de contaminações seja contínuo e forte, o foco dos investidores tende a retornar mais fortemente à pandemia, caso contrário, as atenções se reforçam nos indicadores macroeconômicos mais recentes, com o Payroll e a série de PMIs divulgados na semana, inclusive aquele na Europa hoje, acima das expectativas novamente.
Eis que a semana termina assim, com agenda vazia, foco dos PMIs brasileiros ainda a serem divulgados e sem as bolsas americanas como referencial.
Sobre o mercado de trabalho americano, um sinal emitido pelo relatório do BLS é claro quando mostra que os empregos podem não se recuperar totalmente em alguns setores dos EUA e tal efeito tende a ser globalizado.
Uma série de setores industriais não resistirão à pandemia, enquanto a nova realidade impôs novos meios de trabalho, transformando setores como imóveis comerciais e algo muito mais frágil do que se mostrava antes.
Outros setores de atendimento presencial como bancos podem sofrer também, com a disseminação do uso de tecnologia móvel, a qual ainda sofria bastante resistência das pessoas de maior idade.
No curto prazo, o efeito em diversos setores é devastador, principalmente ligados ao turismo, como hospedagem, aviação, agentes de viagem.
Um mundo novo se impõe e sequer sabemos ainda sua nova forma. Bem-vindos ao forçado futuro.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em alta, na ausência do referencial das bolsas norte-americanas.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com os PMI Caixin acima das expectativas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries não devido ao feriado.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e em Nova York, com casos crescentes de COVID-19 alimentando preocupações com a demanda.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -3,28%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,3618 / 0,79 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,080%
Dólar / Yen : ¥ 107,49 / -0,009%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,144%
Dólar Fut. (1 m) : 5367,42 / 0,62 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 2,91 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 4,01 % aa (1,26%)
DI - Janeiro 25: 5,63 % aa (0,36%)
DI - Janeiro 27: 6,54 % aa (0,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,0331% / 96.235 pontos
Dow Jones: 0,3590% / 25.827 pontos
Nasdaq: 0,5219% / 10.208 pontos
Nikkei: 0,72% / 22.306 pontos
Hang Seng: 0,99% / 25.373 pontos
ASX 200: 0,42% / 6.058 pontos
ABERTURA
DAX: -0,601% / 12532,69 pontos
CAC 40: -1,058% / 4995,94 pontos
FTSE: -1,084% / 6172,72 pontos
Ibov. Fut.: -0,12% / 96285,00 pontos
S&P Fut.: 0,831% / 3128,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,017% / 10357,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,69% / 65,63 ptos
Petróleo WTI: -1,65% / $39,98
Petróleo Brent: -1,83% / $42,36
Ouro: -0,01% / $1.775,10
Minério de Ferro: 0,95% / $98,94
Soja: -0,14% / $892,50
Milho: -1,65% / $342,50 $342,50
Café: -0,78% / $102,25
Açúcar: 0,58% / $12,24