O cenário de mercado se torna subjetivo, em meio à uma aprovação polêmica da retirada dos gastos da pandemia do texto da LDO, excluindo o Pronampe, o BEm e possíveis despesas com o auxílio emergencial que já está sendo pago.
O texto vai à sanção presidencial e existem ainda dúvidas se mesmo com isso, qual será a possibilidade de vetos e mudanças dos artigos que adiam despesas obrigatórias, em especial previdenciárias, quando for sancionado o orçamento, de modo a acatarem com a série de emendas propostas pela base do governo.
Outro ponto relevante é como e se ocorrerá o retorno das despesas "pedaladas" do texto original, ou se os parlamentares aproveitarão mais esta folga para aumentar sua fatia.
Espera-se que após tal resolução, ocorra o retorno da agenda de reformas atrasadas em 2 anos e adiada mais uma vez para o debate orçamentário, dado com prioridade pelas casas legislativas.
Ainda assim, a esperança é frívola no Brasil, apesar das promessas de Lira a membros do mercado financeiro recentemente, indicando que haverá avanços nas pautas.
A real esperança fica mesmo na ausência de discussões mais críveis em nível congressual, com a passagem do orçamento, a não ser que se tome um tempo usualmente longo com a CPI da pandemia.
Eis o ponto em questão, pois se o executivo conseguir se desvencilhar de uma clara armadilha criada na figura da peça orçamentária, ele pode cair na armadilha da CPI e se tornar refém novamente do Centrão.
Isso porquê, mesmo com a LDO aprovada, isso nem de longe significa que haverá recursos disponíveis para todos, afinal o desafio fiscal passa necessariamente por uma arrecadação em queda, juros baixos e pouca ou quase nula possibilidade de criação de um imposto.
A inflação em alta e "inesperada" pelo Banco Central e pelo governo deu um alento no aumento das despesas em um espaço de quase 7%, porém o mesmo não ocorre com as receitas, estas dependentes de fatores mais realistas, diretamente ligados à atividade econômica e no caso de hoje, das reaberturas em estados e municípios.
Na agenda macro, coleta de impostos para março e na corporativa, Johnson & Johnson (NYSE:JNJ), Procter & Gamble, Netflix (NASDAQ:NFLX), Abbott, Philip Morris e Lockheed Martin (NYSE:LMT).
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, recuam em meio ao sentimento global sem brilho.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com Japão caindo quase 2%; China mantém taxa básica de juros inalterada.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York para máximas de mais de um mês com o dólar fraco.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 7,23%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,549 / -0,70 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / 0,116%
Dólar / Yen : ¥ 108,39 / 0,203%
Libra / Dólar : US$ 1,40 / -0,100%
Dólar Fut. (1 m) : 5559,85 / -0,47 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,53 % aa (-2,39%)
DI - Janeiro 23: 6,25 % aa (-0,95%)
DI - Janeiro 25: 7,87 % aa (-1,13%)
DI - Janeiro 27: 8,49 % aa (-1,28%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,1487% / 120.934 pontos
Dow Jones: -0,3598% / 34.078 pontos
Nasdaq: -0,9790% / 13.915 pontos
Nikkei: -1,97% / 29.100 pontos
Hang Seng: 0,10% / 29.136 pontos
ASX 200: -0,68% / 7.018 pontos
ABERTURA
DAX: -0,681% / 15263,81 pontos
CAC 40: -1,311% / 6214,13 pontos
FTSE: -0,951% / 6933,54 pontos
Ibov. Fut.: -0,15% / 121357,00 pontos
S&P Fut.: -0,498% / 4155,50 pontos
Nasdaq Fut.: -0,425% / 13839,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,58% / 87,29 ptos
Petróleo WTI: 0,98% / $64,00
Petróleo Brent: 1,03% / $67,75
Ouro: -0,15% / $1.768,66
Minério de Ferro: 2,21% / ¥ $174,72
Soja: 1,36% / $1.469,75
Milho: 1,18% / $599,00
Café: 0,81% / $130,90
Açúcar: 2,70% / $16,72