Nada de novo no Reino da Dinamarca 5.0.
Assim como foi em grande parte do mês de novembro, tanto a perspectiva renovada por estímulos nos EUA, agora representada pela figura da dovish Yellen, como os avanços com a vacina representaram uma parcela significativa do apetite pelo prêmio de maior risco observado na primeira sessão do mercado financeiro em dezembro.
O intenso fluxo de capitais que observamos em nossa bolsa, o qual sempre citamos como essencial para a liquidez deste mercado, não vem necessariamente de uma aposta direta dos investidores globais no ‘pacote Brasil’, afinal o mesmo continua permeado por dúvidas quanto à questão fiscal, problemas políticos e falta de avanço concreto nas reformas estacionadas no congresso nacional.
Recebemos o benefício do cenário global de juros deprimidos, apetite do estrangeiro por mercados emergentes, porém este melhor representado pela demanda considerável por ETFs, os quais tem Brasil na sua composição.
Ainda pode levar um tempo para observarmos o capital estrangeiro entrando em grande volume por decisões individuais dos gestores globais e a cada sinal de que a discussão política se limita ao futuro da presidência das casas, ao apoio de candidato X ou Y e não efetivamente à pauta de reformas, seremos beneficiados somente de maneira indireta.
No exterior, o governo americano trouxe a proposta de um auxílio de aproximadamente US$ 900 bi, o qual não conta com o “cheque na mão da população” como gostariam os democratas, porém a resistência a novos pacotes após as eleições é razoavelmente menor por parte dos republicanos.
Une-se a este contexto em que novos estímulos devem continuar a alimentar a liquidez mundial e ao adicto mercado financeiro global, está preparado o cenário com perspectivas mais positivas para 2021, ainda mais com empresas como Pfizer indicando que pode enviar já no próximo dia 15 o primeiro lote de vacinas contra o COVID-19.
Na agenda macroeconômica, as atenções se voltam à inflação em São Paulo, a qual registrou alta de 1,03%, à produção industrial no Brasil, a qual deve preservar os resultados positivos tanto na observação mensal, quanto anual e nos EUA, além do livro Bege, a criação de postos de trabalho no setor privado.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, após as fortes altas na primeira sessão do mês.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com exceção das bolsas chinesas, com quedas nas ações da Xiaomi (HK:1810).
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York, após a OPEP+ adiar as conversas sobre cortes de produção e maiores estoques.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,82%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2184 / -2,61 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / -0,083%
Dólar / Yen : ¥ 104,69 / 0,316%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / -0,469%
Dólar Fut. (1 m) : 5228,14 / -2,43 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,04 % aa (-3,35%)
DI - Janeiro 23: 4,81 % aa (-3,80%)
DI - Janeiro 25: 6,57 % aa (-2,95%)
DI - Janeiro 27: 7,36 % aa (-2,52%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 2,3019% / 111.400 pontos
Dow Jones: 0,6251% / 29.824 pontos
Nasdaq: 1,2818% / 12.355 pontos
Nikkei: 0,05% / 26.801 pontos
Hang Seng: -0,13% / 26.533 pontos
ASX 200: 0,03% / 6.590 pontos
ABERTURA
DAX: -0,270% / 13346,21 pontos
CAC 40: -0,191% / 5571,00 pontos
FTSE: 0,199% / 6397,44 pontos
Ibov. Fut.: 2,11% / 111499,00 pontos
S&P Fut.: 1,029% / 3660,50 pontos
Nasdaq Fut.: -0,070% / 12443,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,06% / 74,51 ptos
Petróleo WTI: 0,36% / $44,51
Petróleo Brent: 0,36% / $47,34
Ouro: 0,43% / $1.824,76
Minério de Ferro: 2,05% / ¥ $130,81
Soja: -0,84% / $1.151,25
Milho: -0,24% / $413,75
Café: -4,18% / $115,65
Açúcar: -0,14% / $14,43