Após a série de dados do mercado imobiliário americano ontem, a expectativa por algum movimento de juros na China não se concretizou e foram mantidos os estímulos pelos repôs de $445 milhões, principalmente pela situação do mercado imobiliário e a recusa de muitos consumidores de pagarem as hipotecas.
Com isso, a Ásia fechou fortemente positiva, influenciada pelos resultados das bolsas ocidentais, estas entusiasmadas por uma série de balanços corporativos acima das expectativas, aliviando a perspectiva global de juros elevados.
A mudança no “humor” dos investidores foi importante, pois em meio ao contexto de extrema volatilidade, os resultados corporativos positivos poderiam facilmente se esvair, perdendo assim o bônus da melhora da atividade econômica.
Agora o foco está em duas decisões de juros importantes entre hoje e amanhã, iniciando com o Banco do Japão, o qual deve manter os juros inalterados no melhor estilo asiático e produzir as projeções de inflação e PIB do país.
Amanhã, as atenções se voltam à decisão do BCE, onde permanecem as projeções de uma elevação de 25 bp na taxa de juros, considerada dove e insuficiente pela maioria dos analistas, dadas as pressões de preços sofridas na Europa, com o adicional da questão energética e da dependência da Rússia.
Por outro lado, a redução da inflação ao atacado alemã em junho para quase um terço do projetado (real: 0,6%; proj.: 1,5%) abre espaço para a visão de leniência de parte da autoridade monetária, numa literal torcida para que a inflação ceda, antes que seja necessário um aperto forte.
Isso pode reforçar as fracas elevações de juros, afastando na visão de muitos analistas a possibilidade, que para nós é concreta, de recessão no bloco.
No Reino Unido, após uma série importante de dados positivos de atividade econômica, especialmente do mercado imobiliário, a inflação registrou em junho mais força em todos os aspectos, superando as expectativas nas medidas do atacado e do varejo, reforçando a política de juros do BoE.
Neste cenário, começamos a sessão de agenda macroeconômica limitada, com dados do mercado imobiliário americano e com as commodities sem rumo concreto, o que ainda pode ser positivo ao mercado brasileiro.
Atenção especial à liberação do gás russo à Europa através da Gazprom e ainda na Europa, na possibilidade de Draghi permanecer à frente do governo italiano como primeiro ministro.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em queda, na expectativa por balanços de Abbot e Nasdaq, antes da abertura, United e Alcoa, após o fechamento.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, após o rali de Wall Street e com os estímulos do governo chines, apesar da manutenção dos juros.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre e minério de ferro.
O petróleo abre em queda em Londres e alta em Nova York, com os estoques nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,33%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4127 / -0,44 %
Euro / Dólar : US$ 1,02 / -0,010%
Dólar / Yen : ¥ 138,17 / -0,007%
Libra / Dólar : US$ 1,20 / 0,058%
Dólar Fut. (1 m) : 5420,27 / -0,32 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Junho 23: 14,16 % aa (1,00%)
DI - Janeiro 24: 14,04 % aa (0,54%)
DI - Janeiro 26: 13,32 % aa (0,87%)
DI - Janeiro 27: 13,36 % aa (1,14%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,3709% / 98.245 pontos
Dow Jones: 2,4280% / 31.827 pontos
Nasdaq: 3,1083% / 11.713 pontos
Nikkei: 2,67% / 27.680 pontos
Hang Seng: 1,11% / 20.890 pontos
ASX 200: 1,65% / 6.759 pontos
ABERTURA
DAX: -0,148% / 13288,67 pontos
CAC 40: -0,099% / 6195,06 pontos
FTSE: 0,196% / 7310,56 pontos
Ibov. Fut.: 1,29% / 98991,00 pontos
S&P Fut.: -0,02% / 3936,75 pontos
Nasdaq Fut.: 0,169% / 12286,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,18% / 116,25 ptos
Petróleo WTI: -1,51% / $102,65
Petróleo Brent: -1,50% / $105,74
Ouro: 0,04% / $1.711,46
Minério de Ferro: 1,90% / $99,05
Soja: -0,64% / $1.467,75
Milho: -0,08% / $596,25
Café: -0,72% / $214,95
Açúcar: -0,11% / $18,82