Os eventos com efeito de ‘distração’ começam a perder força no mundo, com as atenções novamente se voltando à questão do expressivo e inegável aumento do número de casos de COVID-19 no hemisfério norte, onde nos EUA, as diversas aglomerações eleitorais podem cobrar um preço elevado.
Mesmo a notícia da vacina da Pfizer/BioNtech já deixa de surtir forte efeito positivo, assim como a Moderna anunciou ontem que seu ensaio de fase três acumulou casos suficientes para submeter os resultados preliminares a um conselho de monitoramento de segurança independente.
Tudo isso ocorre, pois entre a expectativa e a realidade, a distância ainda é grande.
Vacinas, após um crível de um conselho, precisam entrar em produção em larga escala, o que não exime a necessidade serem aprovadas e chanceladas pelos institutos locais de saúde, como a Anvisa no Brasil, antes de serem distribuídas à população.
No cenário mais otimista, a vacinação começa efetivamente no primeiro trimestre do próximo ano, caso a aprovação ocorra ainda neste, o que não evita os possíveis efeitos econômicos, sociais, políticos e de saúde da pandemia que devem ocorrer no hemisfério norte, em especial com a chegada do inverno.
Deste modo, tudo aquilo que de certa forma foi ‘deixado de lado’ pelo mercado, retorna ao foco, em especial pela perspectiva de que nos EUA, em meio à disputa por uma eleição perdida, Trump não dará nenhum aval para um novo plano de estímulos daqui até o final de seu mandato.
Isso foi deixado claro um pouco antes da eleição, quando o mesmo disse que qualquer pacote, a partir de certo ponto, só ocorreria no caso de sua reeleição, o que efetivamente não ocorreu.
Trump dizia que não haveria acordo, pois Pelosi só queria incluir no plano “o resgate de cidades e estados democratas mal administrados e dominados pelo crime”.
Para o mercado, ‘sem estímulo, sem alegria’.
Localmente, a política continua a jogar o inútil jogo de sempre, sem perspectivas de avanços concretos, sem vontade e repleto de ruídos.
As atenções da agenda hoje se voltam à uma extensa série de dados britânicos já divulgado pela manhã, à queda na produção industrial na Zona do Euro, onde se projetava uma expansão, inflação na Alemanha a após a abertura dos mercados, o volume do setor de serviços no Brasil, medido pelo IBGE e nos EUA, a inflação ao varejo, o CPI.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, após a sequência de dias positivos.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com realização de lucros.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro.
O petróleo abriu em queda em Londres e Nova York devido à pandemia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,58%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,4001 / -0,22 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,323%
Dólar / Yen : ¥ 105,33 / -0,095%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / -0,280%
Dólar Fut. (1 m) : 5417,01 / 0,60 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 4,26 % aa (3,15%)
DI - Janeiro 23: 4,95 % aa (2,70%)
DI - Janeiro 25: 6,69 % aa (2,92%)
DI - Janeiro 27: 7,48 % aa (3,31%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,2457% / 104.809 pontos
Dow Jones: -0,0792% / 29.398 pontos
Nasdaq: 2,0130% / 11.786 pontos
Nikkei: 0,68% / 25.521 pontos
Hang Seng: -0,22% / 26.169 pontos
ASX 200: -0,49% / 6.418 pontos
ABERTURA
DAX: -0,503% / 13149,77 pontos
CAC 40: -0,664% / 5409,05 pontos
FTSE: -0,490% / 6350,82 pontos
Ibov. Fut.: -0,27% / 104797,00 pontos
S&P Fut.: 0,765% / 3568,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,486% / 11945,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,03% / 73,98 ptos
Petróleo WTI: -0,07% / $41,43
Petróleo Brent: -0,11% / $43,74
Ouro: 0,30% / $1.871,32
Minério de Ferro: 0,66% / ¥ $121,59
Soja: -0,22% / $1.140,75
Milho: -0,48% / $415,00
Café: 0,23% / $109,35
Açúcar: 0,90% / $14,62